Na data que completa um ano dos atos que culminaram a depredação e invasão das sedes dos três poderes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que independente do “status social”, os envolvidos nos crimes de 8 de janeiro vão responder as “consequências penais”.

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A declaração foi dada pelo procurador nesta segunda-feira (8) durante o evento no Congresso que marca o primeiro aniversário dos atos antidemocráticos.

“Essa vigilância, para o Ministério Público, consiste em reagir ao que se fez no passado, também para que se recorde que atos de violência contra a democracia hão de ter consequências penais para quem quer que a eles se dedique”, destacou.

Além disso, Gonet afirmou que a ação não deve causar surpresa, mas que isso deve ser visto como sinal de saúde da democracia.

“Que pessoas que não importa de que status social, venham a ser responsabilizadas pela prática de atos hostis ao regime político democrático”, declarou.

O procurador-geral destacou ainda o papel do Ministério Público Federal (MPF), para defender a democracia, que é função deles “apurar a responsabilidade de todos e propor ao Judiciário os castigos merecidos”.

Segundo Gonet, a própria sociedade, por meio da Constituição, elaborada por representantes eleitos, que delimita que atos contra a democracia devam ser punidos.

“É o próprio povo, por meio das leis, concebidas por seus representantes eleitos, quem impõe que sejam tratadas como crime as inadmissíveis instigações e insurgências contra a democracia”.

Também participaram da cerimônia do primeiro ano do 8 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), governadores e outras autoridades.

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