O vice-presidente diplomado, Geraldo Alckmin (PSB), repetiu nesta quinta-feira (22) que houve retrocessos no atual governo em diversas áreas, com destaque para os colapsos na Educação e na Saúde.

“O governo federal andou para trás”, criticou novamente. “Fico feliz que na PEC da Transição, os mais expressivos recursos serão destinados no orçamento para a Saúde”, completou.

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Geraldo Alckmin entregou nesta quinta ao presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o relatório final com uma síntese do trabalho dos 32 grupos técnicos do gabinete de transição.

“Mais de 5 mil pessoas participaram voluntariamente na transição, como foi na campanha e será no governo. Tivemos os melhores quadros técnicos da academia e dos Poderes da República. São quadros técnicos extremamente preparados dando a sua contribuição”, afirmou, lembrando que o gabinete de transição utilizou apenas 23 cargos dos 50 que poderiam ser nomeados.

Relatório de transição

Geraldo Alckmin atacou a política ambiental do atual governo, citando o aumento de 59% no desmatamento da Amazônia nos últimos quatro anos.

“Somente nos últimos 30 dias, houve 1.226% de aumento de queimadas. Essa devastação das florestas não é de agricultores, é de grileiros”, acusou Geraldo Alckmin.

Crítica de Alckmin ao armamento

O vice-presidente também classificou como “absurda” a distribuição de armas no atual governo que, segundo ele, levou a um forte aumento de feminicídios.

Ele criticou a gestão dos estoques reguladores de alimentos e a falta de manutenção e prevenção das rodovias federais, que estariam sem contrato em 93% da malha.

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Falta de transparência

A transição também acusa a gestão atual de falta de transparência, citando os sigilos de 100 anos do presidente Jair Bolsonaro.

“Verificamos que 26% dos pedidos de acesso à informação foram negados pelo governo federal”, acrescentou.

Ele ainda voltou a dizer que o Brasil perdeu protagonismo nos fóruns internacionais, lembrando a dívida de R$ 5,5 bilhões com organismos multilaterais.

Para Alckmin, o Brasil “deve muito a Lula”. “Não fosse a sua liderança, o seu carisma, a sua forma de ouvir o povo brasileiro, não estaríamos aqui. Transição é travessia, e a caravela chegou a um porto seguro com suas velas aladas para a esperança”, concluiu.