Com a continuidade das aulas presenciais nas escolas, retomadas em 2022, o resgate do ensino continua em 2023.

Com o impacto do ensino remoto emergencial, durante a pandemia da Covid-19, escolas precisam se planejar para recuperar lacunas.

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Segundo o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2022, crianças e adolescentes regrediram em áreas fundamentais.

A média em leitura e escrita, dos alunos do 2º ano do ensino fundamental, despencou 24 pontos, indo de 750 em 2019 para 726 em 2021.

Já no 9º ano, o desempenho dos alunos em matemática voltou aos níveis de 2015, com a queda de 6,7 pontos.

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5 missões para as escolas

Pensando nessa nova rota, o especialista João Paulo Cêpa, do grupo Movimento pela Base, listou cinco missões que as escolas precisam cumprir.

Os pontos em exposição visam recompor o desenvolvimento de aprendizagens.

Foto: Reprodução/wikimedia/Patricia Oliveira

1) Implementação

De acordo com Cêpa, o primeiro passo realizado pelas escola deve ser a investigação e identificação das lacunas de aprendizagem.

O processo de recomposição, como destaca o especialista, durará, no mínimo, durante 5 anos.

Esse processo personalizado de identificação dos maiores problemas da aprendizagem ajudaram a elaborarem iniciativas com efeito.

2) Adaptação de currículos

A ideia do profissional é “criar turmas de aceleração e de convergência de defasagens”.

Para esse processo seria necessário entender as particularidades dos alunos, analisando suas dificuldades específicas.

Pensando na resolução, concentrar esforços em turmas personalizadas, que atenderiam dificuldades semelhantes.

3) Avaliação

A partir dos planos de recomposição em prática, realizar, constantemente, avaliações de desempenho.

Essas avaliações serviriam para entender os avanços dos alunos.

4) Suporte aos alunos

Nem sempre a escola conseguirá trabalhar as defasagens no mesmo turno, conforme o especialista.

Como exemplo de alternativas, Cêpa menciona cidades que oferecem reforço, acompanhamento individualizado, contraturno e auxílio de tecnologias.

5) Planejamento pedagógico

O especialista reforça que a recomposição não deve ser vista como um processo adicional ao planejamento escolar.

A ideia transmitida é que a recomposição seja um esforço central no planejamento pedagógico.

“Sem recompor as habilidades que são prioridades dos anos anteriores, o aluno não avança na necessidade que deveria”, finaliza.