O termo “superbactéria” é popularmente usado para descrever bactérias multirresistentes, ou seja, aquelas que resistem a vários tipos de antibióticos.

As bactérias podem surgir por diferentes razões, mas uma das maiores preocupações globais é o uso indiscriminado de antibióticos para tratar infecções. Quando utilizados de forma inadequada, os medicamentos podem fortalecer as bactérias em vez de eliminá-las.

Número de mortes

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de mortes causadas por superbactérias no mundo aumentou de 700 mil para 1,2 milhão, conforme registrado no relatório ‘Incentivando o Desenvolvimento de Novos Tratamentos Antibacterianos 2023’.

Em 2019, no Brasil, infecções resistentes causaram 33,2 mil mortes, aproximadamente 90 por dia, conforme revelado pelo estudo ‘A carga da resistência antimicrobiana nas Américas’, publicado na revista científica The Lancet.

Além disso, as superbactérias contribuíram para outras 132 mil mortes.

“Os antibióticos são medicamentos utilizados para impedir e eliminar a proliferação de bactérias, incluindo o tratamento de infecções bacterianas. O problema é quando ocorre a má administração do antibiótico, ou seja, quando o paciente não segue a posologia correta e a bactéria acaba se tornando resistente. Esse fenômeno também ocorre na associação de bebidas alcoólicas e antibióticos, reduzindo a eficácia do medicamento ou até levando à piora da doença”, explica o supervisor farmacêutico da rede de drogarias Santo Remédio, Arthur Emídio.

Orientações sobre o uso de antibióticos

O Ministério da Saúde (MS) oferece diretrizes para o uso racional de antibióticos:

  • Nunca utilizar antibióticos sem orientação médica ou odontológica;
  • Respeitar rigorosamente os horários e doses prescritas; e
  • Não interromper o tratamento, mesmo com a melhora dos sintomas.

“Também é muito importante verificar a validade do medicamento, porque fora do prazo não tem efeito e pode causar a resistência bacteriana. Outra dica é atentar para aquelas sobras do antibiótico que se armazena em casa. Geralmente, elas não são suficientes para um tratamento completo, então o ideal é adquirir um novo”, orienta o farmacêutico.

Arthur Emídio enfatiza que as farmácias não são apenas locais de compra de medicamentos, mas também fornecem orientações essenciais sobre o uso correto. A Lei 13.021/2014 transformou as farmácias em espaços de assistência à saúde, não apenas estabelecimentos comerciais.

“Os farmacêuticos ajudam a esclarecer dúvidas dos pacientes, personalizam as orientações conforme as necessidades de cada um e promovem o uso seguro e eficaz dos remédios, contribuindo para a melhora dos resultados terapêuticos e a minimização de riscos associados ao uso irracional dos medicamentos, como a própria resistência bacteriana”, destaca o supervisor da Santo Remédio.

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*Com informações da assessoria