O carateca ucraniano Stanislav Horuna foi medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio.
Ele foi chamado para servir ao exército de seu país desde o primeiro dia em que a Rússia invadiu à Ucrânia. Horuna correu para deixar sua família a salvo em países vizinhos.
Depois, se juntou ao grupo que busca por infiltrados russos na cidade de Lviv. Em breve, espera ser chamado para o fronte de guerra.
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O atleta disse que “a vida de milhões de pessoas mudou em um segundo, após a invasão da “nação irmã” (como a Rússia se posiciona em relação à Ucrânia). Eu não decidi ir para a guerra. A guerra veio até mim. Esse é o meu dever como cidadão”.
Horuna ressaltou que mandou sua família para o exterior e, agora, está “tranquilo”, pois terá mais mobilidade sem cuidar deles. “Sem medo, apenas foco total no que está acontecendo.”
Mesmo imerso na guerra, o atleta quis falar sobre o assunto ao portal GE porque acredita que o mundo precisa ter a real noção do que está acontecendo dentro Da Ucrânia. “Eu quero que o mundo saiba quem é Putin e como ele controla sua nação. A maioria dos russos tem medo do FSB (serviço de segurança federal) e da polícia. Eles podem facilmente ser presos por apenas falarem. Não há liberdade de expressão! Insanamente no século 21.”
Segundo Horuna, muitos dos combatentes russos são jovens estudantes. Ele afirma que o presidente russo Vladimir Putin “envia rapazes de 18 a 20 anos para matar ucranianos. Putin não tem valores, ele não se importa com nada, exceto consigo mesmo e suas doentias ambições imperiais. Pessoa miserável e covarde.”
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Preço da vida
Ele continua garantindo que a mídia russa tentou esconder a informação de que soldados russos morreram em território ucraniano. “Quando isso se tornou conhecido, o governo russo prometeu pagar 11.000 rublos às famílias do soldado morto (por enquanto são menos de 100 dólares). Esse é o preço da vida para Putin. O exército russo falhou em lutar contra as forças ucranianas, então eles começaram a matar civis para criar pânico entre nós”, desabafou.
Horuna tem usado suas mídias sociais para pedir ajuda humanitária de todo o mundo. Segundo o atleta, o povo ucraniano está muito grato pelo apoio que vem recebendo, mas que esperam que a pressão internacional continue para pôr fim à guerra.
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