A Polícia Civil (PC) de São Paulo que investiga o assassinato Leandro Lo descartou legítima defesa por parte do Policial Militar (PM) Henrique Velozo.

O PM está sendo acusado pelo tiro que acertou a testa do multicampeão de Jiu-jítsu no fim de semana em São Paulo.

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O autor do disparo foi denunciado por homicídio qualificado e está preso preventivamente por 30 dias — prorrogáveis por mais 30.

Assassinato

De acordo com apuração do UOL Esporte, as autoridades tratam o caso como assassinato pelo fato de a bala ter acertado o rosto, e não partes inferiores do corpo do paulista de 33 anos, o que poderia caracterizar legítima defesa.

Na tarde desta segunda-feira, 08, o delegado José Eduardo Jorge, do 16° DP da Vila Clementino, afirmou em entrevista coletiva que a arma utilizada por Velozo no crime era de propriedade da Polícia Militar.

“O que nós sabemos é que houve um mal-entendido dentro do show. As pessoas envolvidas, por causa de uma garrafa que ainda estamos em apuração, se desentenderam. […] Segundo as testemunhas ouvidas no dia dos fatos, o lutador teria imobilizado o policial no chão. Quando aquela turma do ‘deixa disso’ [entrou], o policial teria levantado, dado a volta e ficado de frente pro lutador. Aí tirou a pistola e deu um tiro na testa [de Leandro Lo]. [A pistola] é da corporação, está apreendida junto com o celular”, contou o delegado.

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Ainda não é possível saber se o policial havia ingerido bebida alcoólica na noite do crime.

Postura do acusado

O delegado ainda contou como foi a postura de Velozo assim que chegou à delegacia.

“Ele já foi indiciado formalmente no homicídio. Foi indiciado porque ele se apresentou à corporação dele. Ele não falou nada, não cumprimentou nem a autoridade com ‘bom dia’ ou ‘até logo’. É direito dele.”.

Imagens

Ainda de acordo com o delegado José Eduardo, a imagem fornecida pelo Clube Sírio no momento do disparo “é muito ruim”. “Não tem condição nenhuma de você reconhecer ninguém”, finalizou o delegado.

 

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