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Clubes brasileiros podem ser punidos caso seus torcedores demonstrem comportamentos racistas

Times brasileiros podem sofrer aplicação de punições esportivas a partir de 2023 cujos seus torcedores demonstrarem comportamentos racistas. 

A ideia é do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e será proposta ao Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro – instância formada pelos clubes participantes da competição – do ano que vem.

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Foi o Conselho Técnico, por exemplo, que vetou a venda de mando de campos e que primeiro aprovou (em 2021) e depois derrubou (em 2022) o limite para a troca de técnicos.

Ednaldo vai anunciar essa intenção nesta quarta-feira (24), durante o primeiro Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, organizado pela CBF.

Estão confirmadas na abertura do evento o cantor Gilberto Gil, como convidado de honra, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

“O evento é um marco para o início de uma série de iniciativas que vão discutir de uma forma mais profunda o combate ao racismo e à violência no futebol. É um gesto histórico para dar um basta contra o racismo e a ignorância no futebol. Além do evento, vamos fazer uma série de ações nos estádios nesta semana para conscientizar o torcedor. Chega de discriminação”, ressaltou Rodrigues.

Programação

Durante o seminário, vai ocorrer a apresentação da edição de 2021 do Relatório da Discriminação Racial do Futebol , produzido anualmente pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol.

Segundo Marcelo Carvalho, fundador do Observatório, o número de casos explodiu no ano passado em relação a 2020.

“Foram 31 casos em 2020 e 64 em 2021. Esse é o número de casos de racismo no futebol brasileiro ou com atletas brasileiros em competições sul-americanas”, apontou Carvalho.

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Neste ano, a CBF passou a patrocinar o trabalho do Observatório.

“O trabalho do Observatório é muito relevante pela qualidade da pesquisa e ajuda a dar mais profundidade na discussão. A parceria da CBF serve para dar uma tranquilidade financeira ao grupo e ajudá-los a desenvolver projetos ao longo prazo”, declarou o presidente da CBF Ednaldo.

O evento na sede da CBF no Rio de Janeiro também vai contar com a presença de representantes da Fifa, como Pavel Klymenko, que falará sobre “Melhores práticas internacionais no combate à discriminação”, e Andrey Reis, líder de planejamento e operações de segurança da Fifa.

 

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