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Do Alvorada para o mundo, amazonense José Aldo dá adeus ao UFC

O manauara José Aldo não vai mais lutar no Ultimate Fighting Championship (UFC).

Um dos maiores lutadores da história do MMA está pendurando as luvas.

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O ex-campeão peso-pena do UFC entrou em acordo com a organização para encerrar seu contrato.

Ele não fará a última luta que lhe resta e vai aposentar do MMA.

Aldo pediu para o Ultimate dispensá-lo de seu contrato.

O portal Combate apurou que o pedido do amazonense foi aceito.

O nome do atleta, inclusive, já foi retirado das opções para montagem do ranking do UFC.

Aldo não deve constar na próxima atualização do ranking desta semana.

Adeus ao campeão

José Aldo Júnior se despede da modalidade que o consagrou aos 36 anos de idade com um cartel de 31 vitórias e apenas oito derrotas.

O “Campeão do Povo”, porém, não deve se afastar totalmente do esporte.

Boxe

São possibilidades para ele se aventurar no boxe, assim como Anderson Silva e Vitor Belfort, ou no muay thai e jiu-jítsu.

Menino do Alvorada

Em 2013, José Aldo Junior voltou às origens.

Ele fez questão de visitar a escola municipal Candido Honório, no Bairro Alvorada, onde morou até ir para o Rio de Janeiro, na Zona Centro-Oeste da cidade.

Na época, o campeão do peso-pena do UFC foi ovacionado por funcionários e estudantes, que gritavam o seu nome.

A história de José Aldo, que virou até filme, emociona e inspira jovens há anos.

Aldo, que ganhou uma cicatriz característica no rosto ao cair sobre a grelha de uma churrasqueira durante a infância, foi sozinho para o Rio de Janeiro tentar a sorte no jiu-jítsu e topou morar na academia e passar fome para buscar seu objetivo.

Logo, ele demonstraria talento também na trocação e faria a transição para o MMA.

Quatro anos depois de estrear na modalidade, estava no WEC, evento pertencente ao mesmo grupo proprietário do UFC e que, na época, era a principal organização para categorias mais leves, como o peso-pena (65,8kg), na qual Aldo lutava.

O brasileiro assombrou o mundo com cinco performances dominantes dentro do cage azul, que o levaram à disputa do cinturão.

Ele se sagrou campeão aos 23 anos de idade, ao derrotar Mike Brown por nocaute técnico.

Em seguida, defendeu o título e detonou as pernas de Urijah Faber, maior astro da categoria na época, numa de suas lutas mais memoráveis.

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Reinvenção no peso-galo

O reinado nos penas se encerrou em dezembro de 2015, com a fatídica derrota para Conor McGregor no UFC 194.

Contudo, Aldo se reergueu e, apesar de não ter recebido uma merecida revanche imediata, recuperou o cinturão logo depois: primeiro interinamente, ao vencer Frankie Edgar, e depois oficialmente com a decisão de McGregor de subir permanentemente para o peso-leve (70,3kg).

O novo reinado, porém, durou pouco: o brasileiro perdeu o cinturão para Max Holloway em 2017, em sua primeira defesa do título.

José Aldo já debatia abertamente a possibilidade de se aposentar desde aquela época.

De fato, chegou a anunciar que pararia em 2016, frustrado pelo UFC não ter lhe dado a revanche com McGregor, mas desistiu.

Ele também falava em tentar a sorte no boxe, que passou a treinar com mais dedicação.

Porém, após vencer algumas lutas e discutir com sua equipe uma tentativa de conquistar o título na categoria de baixo, o peso-galo (61,2kg), Aldo reacendeu sua paixão pelo MMA.

Mesmo após ser derrotado por Petr Yan na disputa do cinturão vago em 2020, o brasileiro seguiu lutando e venceu três lutas consecutivas, se recolocando na fila de desafiantes.

Nos últimos meses, Aldo já vinha indicando que, com apenas duas lutas restando no contrato com o UFC, a intenção era disputar o cinturão e se aposentar como campeão.

A frustrante derrota para Merab Dvalishvili em agosto, todavia, colocou um empecilho nos seus planos.

O herdeiro

À espera do seu segundo filho – ele e a esposa Viviane já são pais de Joana, de dez anos – o “Campeão do Povo” decidiu encerrar seu vínculo com o UFC mais cedo.

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