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‘Torcida’ cria movimento para que goleiro argentino não seja contratado pelo Flamengo

Augustín Rossi assinou pré-contrato até 2027 - Foto: Reprodução

Augustín Rossi assinou pré-contrato até 2027 - Foto: Reprodução

O goleiro argentino Augustín Rossi está no radar do Flamengo.

Ele deve ser o mais novo reforço da equipe carioca para 2023.

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A diretoria tanto quer trazê-lo que Marcos Braz (vice-presidente de futebol) e Bruno Spindel (diretor executivo) viajam para Argentina nesta sexta (06) com estratégia para convencer Boca Juniors por liberação.

No entanto, uma parte da torcida criou um movimento contra a contratação do goleiro.

O grupo político Flamengo da Gente organizou nas redes sociais um movimento que não aprova a vinda do jogador.

A #RossiNão tomou conta do Twitter na noite desta quinta, véspera da viagem dos dirigentes do Rubro-Negro.

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Suspeito de agressão

O motivo é a denúncia de agressão a uma ex-namorada em 2017, quando ainda defendia o Defensa y Justicia, da Argentina.

Na época, a mulher expôs conversas com ameaças e compartilhou fotos com hematomas.

Antes de chegar ao Boca Juniors, o assunto foi levantado por alguns torcedores argentinos.

Assim como aconteceu durante a negociação de Rossi com o Minnesota United, dos Estados Unidos.

O clube, inclusive, desistiu da contratação do goleiro em 2019 após pressão dos torcedores.

Marcos Braz afirmou que o Flamengo só tomou conhecimento da situação nesta quinta e informou que o caso está sendo analisado, mas que o clube só se pronunciará se a contratação for concluida.

Íntegra da nota de repúdio:

“Mais uma vez, o Flamengo associa seu nome à possível contratação de um jogador com histórico de violência contra a mulher.

Desta vez, o goleiro argentino Agustín Rossi.

Rossi foi acusado de agredir e ameaçar de morte a ex-namorada, o que, inclusive, causou a desistência de sua contratação pelo time Minnesota United, da MLS, em 2019.

Com essa negociação, a diretoria do Flamengo reitera que eventual conduta criminosa de atletas não é empecilho à sua contratação, mesmo que isso vá de encontro com o mínimo ético, ou viole regras básicas de compliance.

Aliás, compliance deveria ser ferramenta importante em um clube que se pretende profissional, inclusive para atrair patrocínios que não dependam de articulações políticas obscuras.

Mas o que esperar de uma diretoria que não possui limites éticos no uso do clube pra fins políticos pessoais?

De uma diretoria que chancela a xenofobia de sua diretora de responsabilidade social?

Aliás, o que tem a dizer a diretora de responsabilidade social sobre esse tipo de contratação?

Urge ao Flamengo assumir o protagonismo no fomento a uma cultura responsável com relação às violências que atingem a imensa maioria de sua Nação, como o machismo, racismo, homofobia e xenofobia. Essa é a luta do FdG!

Rossi pode ser o segundo atleta com histórico de violência a ser contratado por essa diretoria no período de seis meses.

E não podemos esquecer da tentativa recente de contratação de treinador condenado por estupro.

Essas atitudes põem em risco o movimento recente de profissionalização do clube, e o atual elenco vem provando nos últimos 4 anos que não é preciso abrir mão das melhores práticas de condutas para ser campeão.

Nunca é demais lembrar que a trajetória do goleiro Bruno no Flamengo passou pela negligência da diretoria em relação a episódios anteriores ao feminicídio pelo qual ele foi condenado e que já indicavam o comportamento misógino do atleta.

O fim trágico todos nós lembramos.

O FdG rechaça e condena a contratação do goleiro Augustin Rossi e reforça seu compromisso em defesa de um Flamengo que respeite e proteja a pluralidade de nossa torcida.”

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