José Roberto Guimarães é um dos nomes mais conhecidos e respeitados do esporte no país.
Zé Roberto, inclusive, é o único tricampeão olímpico do Brasil na história.
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O treinador da seleção brasileira feminina de vôlei e do time de Barueri deu seu aval para Ana Moser.
A ex-atleta agora é responsável pelo ministério que vai cuidar dos esportes brasileiros.
Ele também avaliou o ciclo para os Jogos de Paris com a disputa do Pré-Olímpico e despistou sobre seu futuro após a competição de 2024.
Zé Roberto falou sobre a escolha de Ana Moser.
“Eu acho excepcional. O fato de ter a Ana no esporte, para mim, é um motivo de muito orgulho. Primeiro porque eu conheço a Ana desde garota, desde quando ela começou a jogar vôlei em Blumenau Depois ela veio para São Paulo e eu vi a Ana crescer. Quando eu soube que ela tinha sido convidada eu mandei uma mensagem para ela. Eu sei que ela se preparou a vida inteira para esse momento. Ela tem um conhecimento do Brasil desde a época em que ela esteve na Caravana do Esporte. Ela não só conhece o esporte brasileiro socialmente, mas também o alto rendimento. A Ana eu acho que é super bem-vinda e super bem escolhida”, disse.
O treinador falou ao Estadão que para fazer esporte no Brasil é preciso sim ser um abnegado.
“Continua sendo assim. A gente faz um pouco de tudo. Eu ajudo a limpar a quadra, me preocupo com vestiário, piso, rede e assim são todos os treinadores. Nós não temos funcionários para fazer funções específicas assim. Aqui todos se preocupam com tudo. Minha filha foi na última semana buscar uniforme no nosso fornecedor para uma atleta da nossa base poder jogar no adulto. Apesar de tudo, isso é um detalhe que eu gosto. Você vê gente chegando sempre com algo para ajudar, literalmente todo mundo ajuda. Um dos assistentes técnicos é o que cuida da montagem da quadra para os dias de jogos, dos detalhes disso. Aqui não tem essa de ser só uma coisa ou outra”, destacou.
Ele também discorreu acerca da medalha de prata no Mundial feminino de 2022 e do Pré-Olímpico em 2023, que será disputado em um novo formato.
“Será um ano muito difícil se tratando de Pré-Olímpico. Serão três chaves de oito seleções e duas de cada chave irão se classificar. Vai ser um desafio enorme. A gente vai ter que montar a melhor seleção que a gente possa e vamos ter que aproveitar a Liga das Nações como jogos preparatórios para setembro, que é quando vai ser o Pré-Olímpico. A vaga em Paris será o nosso grande objetivo no ano”, frisou Zé Roberto.
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Em alguns momentos durante o ciclo para a Olimpíada de Tóquio, Zé Roberto declarou que seria seu último período com a seleção, mas acabou renovando para Paris.
Ele também falou sobre o fato.
“O que eu vi e aprendi com esse grupo de Tóquio me fez renovar. Essa seleção me mostrou que, apesar de todas as dificuldades que nós enfrentamos, a energia do grupo, a química, a vontade de aprender e de estar junto, tudo isso foi muito legal. Quando você tem um grupo dessa maneira, você vê que elas têm um objetivo claro e você vê que elas estão se cuidando, te faz querer seguir. Além de Tóquio, elas me mostraram mais uma vez isso em 2022, na Liga das Nações e no Mundial. Isso tudo me deu força para continuar. Eu vi isso tudo que eu falei nessa nova geração que chegou na seleção. Não só nas mais novas, mas também nas mais experientes que chegaram ao grupo agora e estão representando o Brasil pela primeira vez. Essa vontade grande de querer realizar tudo. Dessa forma eu me senti bem e isso me fez querer continuar”, arrematou.
Olímpiada de Paris
Sobre se a Olimpíada de Paris é a última no comando da seleção brasileira de vôlei feminino, José Roberto Guimarães foi taxativo.
“Olha, acho que depois de tudo que eu passei, eu entrego na mão de Deus a decisão. Deixo a vida me levar. Enquanto eu tiver força, conseguir lutar e seguir sendo ajudado como eu sou pelas pessoas que estão do meu lado, como comissão técnica, jogadoras, apoio do clube, da seleção, eu vou vendo o que é possível”, concluiu.