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Botafogo: Estádio Nilton Santos terá gramado sintético moderno

Obras no Estádio Nilton Santos começaram esta semana - Foto: Assessoria de Comunicação do Botafogo/divulgação

Obras no Estádio Nilton Santos começaram esta semana - Foto: Assessoria de Comunicação do Botafogo/divulgação

O Botafogo iniciou nesta semana as obras no gramado do Estádio Nilton Santos.

A SAF (Sociedade Anônima do Futebol) não confirmou a data de conclusão das obras.

A estimativa é que o gramado esteja pronto até a estreia do Fogão na Sul-Americana, no dia 5 de abril.

Antes disso, o estádio receberá três shows da banda britânica Coldplay, nos dias 25, 26 e 28 de março.

Shakira e The Weeknd também se apresentam este ano no estádio.

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Jogabilidade e conforto foram alguns dos pontos considerados pelo diretor de Operações da SAF, Alexandre Costa.

A ideia é que o gramado seja o mais parecido possível com o natural.

“Fomos visitar a fábrica, fomos visitar alguns campos que têm CTs e fomos visitar o Estádio Mercedes-Benz Atlanta. E com essas informações, tomamos aquela que achamos a melhor decisão”, revelou.

Também foi levado em conta o suporte de cargas referentes aos grandes eventos, como os shows internacionais.

E a possibilidade de arrefecimento, já que um gramado sintético tende a subir a temperatura e requer um sistema especial de irrigação.

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Estrutura

A grama sintética escolhida é produzida pela empresa FieldTurf, líder global no segmento, segundo a diretoria alvinegra.

Os demais componentes que integram o novo sistema do gramado serão importados de Portugal e Holanda.

Entre os equipamentos que adotaram material, estão: o CT do Everton, os estádios do Seattle Sounders (que vai disputar o Mundial de Clubes 2023), Atlanta United, Gilbraltar Estádio Nacional, etc.

A obra é feita em parceira com a empresa Total Grass, que possui a homologação Fifa Quality Pro, o principal reconhecimento de qualidade para complexos esportivos.

Botafogo divulga reforma do gramado do Estádio Nilton Santos

Veja mais detalhes sobre o novo sistema de grama sintética do Nilton Santos:

Piso drenante: sistema de drenagem de água, onde o fluxo de água passa por toda a extensão do campo, sem o risco de encharcamento.

Shock Pad: manta especial anti-impacto, cujo objetivo é trazer conforto e jogabilidade para o sistema.

Esse material é importado, homologado e permite o desempenho muito semelhante ao de um gramado natural de alta qualidade.

Grama sintética: grama com o mais alto nível tecnológico, tem a composição de dois tipos de fio (mista).

O diferencial do modelo é a durabilidade e memória do gramado para atender às dinâmicas do estádio tanto para os grandes eventos como para os jogos semanais.

A mistura dos diferentes fios contribui para que os compostos se acomodem de forma mais homogênea no gramado, dando uma estética mais próxima a de uma gramado natural, requerendo uma menor manutenção.

Cortiça: o material é um composto natural, que agrega uma maior absorção de impacto, com menor coeficiente de calor.

Preparação física: trabalho específico para grama sintética?

O Portal Norte ouviu a opinião do fisioterapeuta e professor de educação física, Odir de Souza, sobre a mudança no gramado do Nilton Santos.

O estádio, que também é olímpico, é o único no Rio que recebe jogos de futebol a adotar um campo 100% sintético.

Para o especialista, não há uma necessidade de maior preocupação, caso as partidas sejam esporádicas.

“Não existe assim uma preparação específica para que o atleta vá jogar numa grama sintética, principalmente essas que hoje estão sendo oferecidas”, afirma.

No entanto, ele alerta que a regularidade de atuações pode requerer uma atenção especial no condicionamento.

“Se for para [o atleta] treinar e jogar, se for sistemático, aí sim, teria que ter mais cuidados, fazer um trabalho mais de fortalecimento muscular, para poder suportar melhor as forças”.

Quando as gramas sintéticas se popularizaram no campos societys, houve registro de uma maior incidência de lesões.

Atualmente, não há um indicativo da situação nesses gramados mais modernos. “A gente precisa de estudos. Sendo uma novidade, a gente não tem como concluir ainda”, explica.

Experiência de sobra

Mestre na área de educação da motricidade humana, Souza, que também é professor universitário, atuou no Botafogo por 13 anos.

Desde 2001, ele integra o corpo técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), participando de quatro Copas do Mundo, três olimpíadas e outras competições importantes.

Para quem vai utilizar o gramado com mais frequência, como é o caso do Botafogo, o preparador recomenda algumas observações.

“Deveria prestar mais atenção nas articulações e músculos, nesse caso, com um trabalho de propriocepção, de força muscular, para dar mais estabilidade às articulações”.

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