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Daniel Alves ‘não usou preservativo’ na noite do suposto crime sexual, diz defesa da vítima

Daniel vai permanecer preso até julgamento, que não tem data para ocorrer - Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo

Daniel Alves segue preso até julgamento, que não tem data para ocorrer - Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo

Daniel Alves segue preso em Barcelona, na Espanha, desde sexta-feira, dia 20 de janeiro.

O atleta é acusado de agressão sexual a uma mulher em uma boate na noite do dia 30 de dezembro.

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Advogada da jovem espanhola que acusa o jogador de estupro, Ester García Lopez afirmou que Dani Alves não usou preservativo na noite do suposto crime.

Em entrevista ao portal UOL, ela afirmou que a cliente, que tem 23 anos, está sob tratamento psiquiátrico desde o episódio e evita acompanhar o noticiário.

“Ela está recebendo apoio psicológico por meio de uma entidade pública especializada em tratar vítimas de violência”.

A defesa da vítima ressaltou ainda que “o hospital prescreveu todo um tratamento dirigido a evitar qualquer tipo de doença infectocontagiosa, porque não foi utilizado nenhum preservativo. Ela também tem um tratamento farmacológico com ansiolíticos para poder dormir, mas me disse que não consegue desde o depoimento”.

Ester García Lopez enfatizou que o rápido atendimento na noite do caso por uma unidade especializada em crimes sexuais possibilitou a produção de provas no caso.

“Por sorte, ela saiu da discoteca de ambulância e foi direto para a Unidade Central de Agressão Sexual (UCAS). Então, diferentemente do que acontece com a maior parte das vítimas de violência sexual, que, por nojo, lavam suas roupas íntimas, ela não teve tempo de pensar nisso. Ela foi atendida rapidamente, enquanto os indícios permaneciam lá”, relatou Ester, ao UOL.

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Vítima estava lúcida

A advogada Ester García Lopez ressaltou que a jovem, de 23 anos, não ingeriu bebida alcoólica na noite do suposto crime, o que facilitou nas lembranças para o relato do episódio.

“Ela deu um depoimento conciso, sem qualquer contradição, e isso é raro. Muitas mulheres sofrem de estresse pós-traumático e esquecem detalhes, se lembram depois, e isso não invalida a verdade”, reforçou Ester.

O profissional ainda argumentou, conforme UOL: “Mas no caso dela, isso não aconteceu. Ela se lembrava de tudo, do início ao fim. Isso, junto à possibilidade de fuga por parte do senhor Alves, que tem uma condição financeira favorável e dupla nacionalidade, foram determinantes para a prisão”.

Ester García Lopez reiterou que o caso tem sido um exemplo de atuação em episódios parecidos, desde a denúncia até à prisão sem fiança.

Daniel Alves condenado?!

Daniel Alves se complica cada vez mais, segundo jornal espanhol – Foto: Heuler Andrey/Dia Esportivo/Estadão Conteúdo

A advogada Ester García Lopez reforçou que espera a condenação de Daniel Alves.

“Independentemente de como acabe o caso, para mim já é um caso exemplar por como começou. Há alguns personagens públicos que se acham acima do bem e do mal, que acham que ninguém nunca acreditaria em uma garota como minha cliente. Há muitas mulheres que não denunciam quando se trata de um personagem público por causa da dificuldade em nível emocional e judicial. Mas acho que neste caso, acabe como acabe —espero que acabe com uma condenação—, a prisão sem fiança já é exemplar”.

Transferência

Na última segunda (23), o lateral brasileiro foi transferido de prisão na cidade, e na terça, contratou um novo advogado.

O prazo para tentar um recurso é até esta quinta-feira (26).

O jogador vai permanecer recluso até julgamento, que não tem data marcada.

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