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Justiça do RJ decreta prisão de presidentes de torcidas organizadas

Presidente da Raça Rubro-Negra, Anderson Clemente da Silva, foi um dos que teve a prisão temporária decretada pela Justiça - Foto: Reprodução/Instagram @rrn_oficial

Presidente da Raça Rubro-Negra, Anderson Clemente da Silva, foi um dos que teve a prisão temporária decretada pela Justiça - Foto: Reprodução/Instagram @rrn_oficial

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) decretou a prisão temporária dos presidentes de quatro torcidas organizadas, por 30 dias.

São eles: Anderson Azevedo Dias (Young Flu), Fabiano de Souza Marques (Força Jovem Vasco), Bruno da Silva Paulino (Torcida Jovem Flamengo) e Anderson Clemente da Silva (Raça Rubro-Negra).

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Todos vão responder pelos crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio.

A decisão foi tomada no plantão judiciário desta segunda-feira (13) pela juíza Ana Beatriz Estrella.

Na sentença, a magistrada justifica ser “imprescindível para as investigações criminais e para a garantia da ordem pública”.

A juíza também argumentou que a liberdade dos integrantes poderia interferir nas investigações.

“A gravidade dos crimes praticados, os bens jurídicos violados e o desvalor das condutas supostamente perpetradas pelos Indiciados conduzem à adoção de enérgicas providências por parte do Poder Judiciário, devendo ser ressaltado que a liberdade dos representados pode obstaculizar a colheita de provas e, ainda, colocar em risco a vida ou a integridade física das testemunhas”.

O pedido é referente ao episódio de brigas generalizadas no entorno do Maracanã, antes do jogo entre Flamengo e Vasco, no dia 5 deste mês.

Assista as confusões registradas antes do clássico:

Juizado do Torcedor já havia se manifestado

No início da semana passada, o Juizado Especial do Torcedor se posicionou após as cenas de violência protagonizadas por integrantes das torcidas.

O juiz Bruno Vaccari Manfrenatti decidiu proibir por 90 dias as organizadas nos estádios.

Ficaram impedidas: Raça Rubro-Negra, Jovem Fla, Força Jovem Vasco, Fúria Botafogo e a Young Flu.

Depois, o magistrado decidiu ampliar o prazo por tempo indeterminado e estender para jogos fora do Rio, além de solicitar uma investigação contemplando:

– Bloqueio de todas as contas

– Busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos ou outros que se mostrem pertinentes à investigação

– Suspensão das atividades e interdição das sedes por cinco anos

– Quebra de sigilo de dados de “WhatsApp, Telegram ou equivalente, fotografias, chamadas efetuadas e recebidas, agenda de contatos, e-mails e etc”.

Brigas se concentram nas estações de trem e em ruas próximas ao Maracanã – Foto: Reprodução/Twitter @ritmodetorcida

Leia abaixo um trecho da decisão:

“Os atos de violência noticiados, mormente os do dia 05/03/2023, trazem os dados que revelam a prática dos crimes investigados, bem como o envolvimento das torcidas organizadas. E nesse ponto reside o elemento concreto que fundamenta o cabimento da medida de busca e apreensão. Ressaltem-se os vídeos de barbárie e violência desenfreada, autenticadas pela PM como ações de torcidas organizadas, que foram veiculados em redes sociais e na mídia”.

O pedido de prisão temporária atendeu uma solicitação da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

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Governo do Rio também proibiu organizadas

Na última sexta-feira (10), o governador Cláudio Castro anunciou a proibição das organizadas em jogos do estado.

A medida entrou em vigor na semifinal entre Fluminense e Volta Redonda, realizada neste domingo (12), no Estádio Raulino de Oliveira, na Cidade do Aço.

Inicialmente, o governo cogitou a adoção de torcida única, mas, após uma reunião com entidades e representantes de clubes, limitou o veto às organizadas.

Confusão entre torcedores deixou vítimas

Oito pessoas ficaram feridas por conta das brigas, sendo duas em estado grave. Uma pessoa morreu depois de ser baleada.

Contudo, a polícia está investigando se o homicídio teve alguma relação com as brigas entre os integrantes das torcidas.

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