O presidente da Fifa, Gianni Infantino, confirmou nesta quinta-feira (15) que a entidade vai criar, nos próximos dias, uma comissão para discutir propostas de combate ao racismo no futebol.
A informação foi confirmada durante a vistita de Infantino à delegação brasileira, em um hotel de Barcelona, na Espanha.
Segundo Gianni, o grupo será composto por atletas em atividade, entre eles, Vini Jr, que tem sido um dos principais alvos de ataques racistas na Espanha.
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A Fifa também decidiu endossar a campanha antirracismo criada pela CBF – ‘Com racismo não tem jogo”.
“Não temos apenas que falar. Temos que ser contundentes! Chega! Basta!”, enfatizou Infantino
“O Brasil é o país mais importante do futebol mundial e estamos unidos com a CBF para que outras federações possam também agir de forma firme contra as discriminações nos estádios, nas redes sociais, no universo que envolve o futebol”.
Para o presidente da CBF, Endaldo Rodrigues, o engajamento da Fifa reforça as iniciativas tomadas pela entidade.
“Somos a primeira federação do mundo a estabelecer perda de pontos como punição para essas situações no Regulamento Geral das Competições. E temos que ir além”, salientou Ednaldo.
“No Brasil, semanas atrás, um torcedor foi identificado após ofensas racistas e acabou preso. Racismo é crime, não pode haver tolerância com crimes. Esperamos que a sociedade como um todo abrace essa causa”, acrescentou.
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Paralisação dos jogos
O dirigente máximo do futebol mundial anunciou que os árbitros terão de paralisar os jogos em que haja atos racistas.
“Se há racismo, o jogo tem que parar”, afirmou Infantino.
As ações estão sendo tomadas após a repercussão mundial dos ataques racistas direcionados ao jogador do Real Madrid Vini Jr.
No episódio do jogo do Valencia, o atacante chegou a ser punido com cartão vermelho e suspenso.
No entanto, a Federação Espanhola de Futebol reverteu a decisão depois que o clube merengue apresentou provas de que Vini Jr era a vítima.
O Comitê da Competição também multou o clube Valencia em 45 mil euros (aproximadamente R$ 240 mil) após torcedores do time realizarem ataques racistas contra o jogador.
O comunicado ainda declarou o fechamento de parte das arquibancadas do estádio do Valencia por cinco partidas.