O pagamento de R$ 128 milhões deve ser pago pela Real Arenas ao Palmeiras, conforme notificação e exigência da Justiça, em São Paulo.
A empresa, criada pela construtora WTorre para gerir o Allianz Parque, foi notificada judicialmente nessa sexta-feira (16).
Ficou estabelecido o prazo de três dias úteis para a empresa arcar com o valor e ressarcir os cofres alviverdes.
+ Envie esta notícia no seu WhatsApp
+ Envie esta notícia no seu Telegram
Em comunicado enviado ao Estadão, a Real Arenas confirmou o recebimento da notificação judicial.
A corporação apontou estranheza pela forma como os valores estão sendo cobrados e disse que buscará tomar as medidas cabíveis.
“A Real Arenas analisou o conteúdo da ação e tomará as medidas cabíveis. Nos causa estranheza, porém, a cobrança de valores no judiciário que estão em discussão em arbitragem existente entre as partes, onde são contemplados créditos e débitos das duas partes”.
Na quinta-feira (15), a WTorre respondeu às acusações de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, a respeito da gestão do Allianz Parque.
A empresa contestou a dívida que a mandatária do clube diz ser incontroversa e que motivou o clube a mover uma ação na Justiça.
Cobrando o pagamento de repasses que somam quase R$ 128 milhões desde 2015.
“Não devemos R$ 128 milhões para o Palmeiras, os créditos e débitos de ambas as partes estão em arbitragem em curso. Uma vez decidida, será paga”, afirma Sílvia Torre, cofundadora e presidente do conselho da WTorre S.A.
A Real Arenas deve cumprir com o pagamento da dívida até a próxima quarta-feira (21).
A empresa tem 15 dias para contestar o valor e passa a correr o risco de sofrer com penhoras de bens e bloqueio de recursos.
Denúncias do Palmeiras
Com o aval da presidente Leila Pereira e de uma junta de advogados especializados, o clube pede a apuração de possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa.
O verdão também pede o bloqueio de bens, valores e contas da Real Arenas e seus gestores, assim como, a quebra do sigilo bancário da empresa desde novembro de 2014, ano do início da parceria e inauguração do estádio.
Segundo o Palmeiras, somente os valores de novembro e dezembro de 2014 e de janeiro a junho de 2015, exceto maio, foram pagos.
A dívida é discutida na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução de título extrajudicial.
Como ainda não houve solução, a direção do clube fez a denúncia à polícia.
RELACIONADAS
+ Palmeiras aproveita vacilos de Arboleda e ganha do São Paulo
+ Endrick rende R$ 13 milhões ao Palmeiras com gol na Libertadores
+ Palmeiras vence Coritiba no Allianz Parque com gols de Arthur e Rony
O valor é considerado indiscutível pelo Palmeiras, como consta no inquérito.
A Real Arenas, por sua vez, contesta os números da dívida e diz não ter conhecimento sobre a ação.
O contrato firmado entre as partes prevê que o Palmeiras receba mensalmente valores referentes a receitas geradas no Allianz Parque.
Com aluguéis para shows, exploração de áreas como restaurantes e estacionamentos, locações de cadeiras, camarotes e naming rigths.
Trata-se de um valor progressivo, aumentando ao longo dos anos.
Como são 30 anos de parceria e o contrato começou a valer no ano de inauguração da arena, tem vigência até novembro de 2044.