O Ministério Público da Espanha abriu nesta sexta-feira (8) uma ação contra Luis Rubiales, presidente afastado da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) por agressão sexual e coerção.

Em razão do beijo dado pelo dirigente na atacante Jenni Hermoso, da seleção espanhola, durante a celebração do título da Copa do Mundo, em agosto.

Na última terça-feira (5), a jogadora se reuniu com representantes do MP e formalizou uma denúncia contra Rubiales, o que abriu o caminho para o caso ser levado à esfera criminal.

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A acusação de coerção que se junta à de agressão sexual se dá devido à conduta de Rubiales após o beijo.

Conforme os promotores espanhóis, Hermoso relatou ter sido pressionada a falar em defesa do presidente assim que a imagem do episódio começou a correr o mundo.

O MP pediu que o dirigente compareça perante um tribunal para prestar depoimento preliminar.

Se o juiz concordar, será conduzida uma investigação formal que terminará com uma recomendação para o caso ser arquivado ou vá a julgamento.

Até então, havia dificuldade em levar a questão aos tribunais.

Uma vez que o artigo 191.1 do Código Penal da Espanha determina que a atuação em casos de agressão sexual só pode ocorrer quando a denúncia vem da própria vítima ou de um representante legal.

Com a denúncia de Hermoso e ação do MP, de acordo com uma nova lei sobre consentimento sexual aprovada no ano passado.

Penalidades

O dirigente poderá enfrentar uma multa ou uma pena de prisão de um a quatro anos se for considerado culpado.

Na esfera esportiva, Rubiales já enfrentou consequências sendo afastado por 90 dias pela Fifa, enquanto uma investigação interna é realizada.

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