Os torcedores de Cruzeiro e Coritiba poderão voltar ao estádio para apoiar seus clubes, conforme definido por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na terça-feira (28).

A punição de jogar sem público, aplicada aos dois times devido à briga entre torcidas na partida do dia 11 de novembro, foi aplicada após um pedido de reconsideração feito pelos departamentos jurídicos das instituições.

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Relator da medida, o vice-presidente do STJD, Felipe Bevilacqua, aceitou liberar a presença de público para jogos das equipes como mandantes, mas impôs algumas restrições, todas ligadas às torcidas organizadas.

Foi mantida a interdição parcial dos lugares destinados a esses torcedores em cada estádio; o anel inferior do Couto Pereira, no caso do Coritiba, e o setor amarelo do Mineirão, no caso do Cruzeiro.

Bevilacqua também determinou a proibição de “ingresso e presença de vestimentas, acessórios e tudo o mais que remeta as organizadas Império Alviverde e Mancha Alviverde (Coritiba) e Máfia Azul e Pavilhão Independente (Cruzeiro) nos jogos como mandantes”.

Visitante vetados

Já a presença de torcedores de ambos os times em jogos como visitantes continua vetada.

Com isso, o Cruzeiro poderá comercializar ingressos para o duelo com o Athletico-PR, marcado para as 20h (de Brasília) de quinta-feira (30), no Mineirão.

O mesmo será permitido ao já rebaixado Coritiba em relação à partida contra o Botafogo, quarta-feira, às 21h30.

A liberação, contudo, só é válida até o julgamento do caso, que ocorreria na segunda-feira, mas foi adiado para 4 de dezembro, próxima segunda.

Dessa forma, não é certo se os dois times poderão ter torcida na última rodada do campeonato, marcada para dia 6. O Cruzeiro enfrenta o Palmeiras e o Coritiba encara o Corinthians.

A briga

A confusão na vitória por 1 a 0 do Coritiba sobre o Cruzeiro na Vila Capanema, dia 11, começou após o gol marcado por Robson, aos 45 minutos do segundo tempo.

Quando um grupo de cruzeirenses invadiu o gramado na parte de trás do gol. Do outro lado, a torcida da casa também pulou o alambrado e foi para o confronto.

Por cerca de três minutos foram registradas cenas de selvageria no gramado.

No momento da invasão e da briga, poucos policiais estavam no gramado, que contava apenas com um grupo de seguranças, incapaz de conter a violência.

Cinco minutos depois, o Pelotão de Choque já estava no meio do campo para conter os dois grupos. A torcida visitante deixou o estádio e também causou alguns confrontos do lado de fora.

O árbitro Bráulio da Silva Machado (SC) paralisou o jogo por 30 minutos, ao mesmo tempo que até os torcedores do Coritiba também deixavam o estádio.

Com as arquibancadas praticamente vazias, os policiais fizeram uma varredura dentro e fora de campo para tentar encontrar e neutralizar qualquer objeto perigoso.

O confronto foi disputado na Vila Capanema porque o estádio Couto Pereira recebeu um show na mesma data.

O jogo foi reiniciado 38 minutos depois de sua paralisação, já com as precárias luminárias acessas. Nos seis minutos de acréscimos, o placar não mudou.

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