Daniel Alves, ex-jogador da seleção brasileira, está prestes a enfrentar um julgamento de três dias na Espanha, acusado de estupro em uma boate de Barcelona.
As audiências estão marcadas para ocorrer entre os dias 5 e 7 de fevereiro, conforme confirmado pela Audiência de Barcelona, a mais alta instância da Justiça local, à imprensa espanhola.
As sessões judiciais contarão com os depoimentos de Daniel Alves e 28 testemunhas que estavam presentes na boate na noite do incidente, em 30 de dezembro de 2022.
Essas testemunhas foram indicadas tanto pela defesa quanto pela acusação, com o objetivo de esclarecer os fatos.
No primeiro dia do julgamento, em 5 de fevereiro, Daniel Alves fará sua declaração, seguido por seis testemunhas.
As demais 22 testemunhas fornecerão seus depoimentos no dia seguinte. A última sessão, em 7 de fevereiro, será dedicada a procedimentos periciais, relatórios e conclusões.
A sentença final ficará a cargo da juíza Isabel Delgado Pérez, sem um prazo definido. Enquanto aguarda o desfecho do julgamento, Daniel Alves permanecerá em prisão preventiva, conforme determinação da Justiça espanhola.
O Ministério Público espanhol busca uma pena de nove anos de prisão para o ex-jogador, enquanto a defesa pleiteia uma sentença de 12 anos.
A identidade da jovem espanhola, que alega ter sido vítima de estupro, será preservada, e ela não comparecerá ao julgamento, conforme decisão da Justiça.
Houve tentativas de acordo entre a defesa de Daniel Alves e os advogados da suposta vítima antes do início do julgamento, segundo fontes de ambas as partes.
Contudo, as negociações foram prejudicadas pela divulgação de imagens da suposta vítima pela mãe de Alves em uma tentativa de última hora.
Desde janeiro, Daniel Alves está em prisão preventiva após se contradizer pela segunda vez em depoimento à polícia, enfrentando acusações que variaram ao longo do tempo. O jogador mudou sua versão pelo menos três vezes.
Além disso, a juíza do caso determinou que Daniel Alves precisará pagar 150 mil euros (cerca de R$ 798 mil) à suposta vítima para cobrir eventuais danos e prejuízos.