O primeiro dia do julgamento de Daniel Alves em Barcelona foi marcado por reviravoltas e intensos depoimentos, nesta segunda-feira (5).
Segundo os jornais “La Vanguardia” e “El Periódico”, o jogador brasileiro, que está em prisão preventiva há mais de um ano, obteve a condição de depor por último perante a Justiça espanhola.
Durante o depoimento confidencial, a vítima reiterou as acusações de agressão sexual em relação ao ocorrido em dezembro de 2022.
A advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, teve seu pedido de suspensão do julgamento oral negado, após apresentar diversos argumentos em sua defesa.
Entre eles, destacam-se a falta de conhecimento do jogador durante o período inicial de investigações e a recusa do juiz de instrução em permitir um segundo exame pericial da denunciante.
Guardiola também mencionou a difícil situação econômica do lateral-direito, incluindo uma dívida de meio milhão de euros com a Fazenda da Espanha.
As acusações de agressão sexual foram mantidas, conforme relatado pelos jornais La Vanguardia e El Periódico.
A vítima reforçou suas declarações durante um depoimento a portas fechadas, destacando o trauma causado pelo ocorrido e sua falta de confiança.
Além disso, testemunhas, incluindo uma amiga e uma prima da vítima, prestaram depoimentos que corroboram a versão da denunciante.
O julgamento prosseguirá com os depoimentos de 22 testemunhas na terça-feira (6), incluindo o amigo de Daniel Alves presente na boate na noite do incidente, Bruno, e a esposa do jogador, Joana Sanz.
A audiência está marcada para começar às 11h (de Brasília), que ocorre na 21ª seção da Audiência de Barcelona, presidida pela juíza Isabel Delgado Pérez, acompanhada dos magistrados Luis Belestá Segura e Pablo Díez Noval.