O presidente Joan Laporta está avançando com um plano ambicioso para o Barcelona, que envolve a BLM, empresa responsável pela fabricação e distribuição de todos os materiais não esportivos do clube.
Além disso, o Barcelona pretende associar-se a uma grande multinacional do ramo para produzir as camisas de jogo.
A decisão final sobre essa mudança significativa deve ser tomada ao longo do mês de março.
No entanto, o clube ainda aguarda uma resposta da Nike, que precisa decidir se está disposta a aumentar o investimento no Barcelona para manter a parceria de quase 26 anos.
Caso não haja uma melhoria nessa negociação, a possibilidade de o Barcelona criar uma marca própria se torna mais provável.
O próprio presidente Laporta já se reuniu com empresas que podem apoiar o clube nesse processo.
“A situação no clube está clara. É preciso correr riscos e ser corajoso, e é difícil encontrar alguém mais corajoso que Laporta”, disse uma fonte ao Sport.
Se o rompimento com a Nike for confirmado, a intenção do Barcelona é que seja feito de forma amigável, visando evitar danos financeiros para o clube, como uma possível denúncia por não cumprimento de contrato.
No entanto, a análise do contrato pela equipe responsável no Barcelona já dura meses, e uma vitória judicial é vista como possível, embora não seja a preferência.
Entre os motivos para a fabricação própria, Laporta destaca a independência da marca e os benefícios financeiros que ela pode trazer.
Acredita-se que a marca do Barcelona renderia mais receitas, apesar dos custos de produção e distribuição que o clube teria que assumir. Essa questão foi discutida em detalhes durante uma reunião do conselho de administração nesta quarta-feira, dia 29, conforme revelado pelo Sport.
A mudança para uma marca própria também teria implicações no cenário do futebol espanhol, especialmente no emblemático confronto entre Barcelona e Real Madrid, conhecido como El Clásico.
Durante anos, além de representar a rivalidade entre os dois maiores clubes do país, o jogo também simbolizou a disputa entre Nike e Adidas no campo.
A possível saída do Barcelona da Nike impactaria essa dinâmica, que esteve presente em momentos históricos do futebol espanhol.
Desde a assinatura do contrato com a Nike em 2016, o Barcelona tem sido um dos principais parceiros da empresa, recebendo uma das maiores cotas de fornecimento esportivo da época.
No entanto, a atual situação sugere uma possível mudança de rumo para o clube catalão no que diz respeito aos seus materiais esportivos.