Caio Bonfim garantiu a primeira medalha do Brasil no atletismo nas Olimpíadas 2024, em Paris, ao conquistar a prata nos 20 km da marcha atlética na manhã desta quinta-feira (1°).
Em sua quarta participação olímpica, Bonfim concretizou as expectativas do País com um desempenho histórico.
O brasileiro, novo medalhista de prata, enfrentou o percurso de 20 voltas de 1 km no Trocadéro, aos pés da Torre Eiffel, em 1h19min09.
Ele começou a prova com a estratégia de liderar o pelotão, mas logo recebeu um alerta dos juízes por possíveis infrações—na marcha atlética, três advertências resultam em dois minutos de suspensão.
Com isso, precisou reduzir o ritmo, perdendo algumas posições, mas se manteve entre os primeiros, reassumindo a liderança em alguns momentos.
O ouro ficou com o equatoriano Brian Daniel Pintado, que concluiu a prova em 1h18min55, seguido pelo espanhol Alvaro Martin, com 1h19min11. Além de Bonfim, outros dois brasileiros participaram: Matheus Correa, que chegou em 39º, e Max Batista Gonçalves dos Santos, em 28º.
Quem é Caio Bonfim
Aos 33 anos, Bonfim vive o auge de sua carreira na marcha atlética. Garantiu sua vaga em Paris-2024 na primeira competição do ano, conquistando o bronze no Grande Prêmio Chinês de Taicang, com um tempo de 1h17min44.
A marca estabeleceu um novo recorde pessoal e brasileiro. Atualmente, ele ocupa o terceiro lugar no ranking mundial, atrás apenas de Alvaro Martin e do sueco Perseus Karlström.
Bonfim já participou de quatro Olimpíadas. Em sua estreia, em 2012, terminou na 37ª colocação nos 20 km.
No Rio 2016, chegou a ficar muito perto do pódio, finalizando em quarto lugar, apenas cinco segundos atrás do bronze, e também disputou os 50 km, terminando em nono. Em Tóquio 2020, seu desempenho caiu, e ele finalizou em 13º lugar.
Filho de ex-atletas e treinadores, Bonfim foi influenciado pela família desde cedo. Sua mãe, Gianetti Bonfim, é a atual treinadora da equipe brasileira em Paris.
Embora tenha sonhado em ser jogador de futebol na infância, acabou se destacando na marcha atlética, uma modalidade onde o competidor não pode tirar os dois pés do chão ao mesmo tempo, e deve manter a perna do pé de apoio estendida ao tocar o solo.
Bonfim relembra que o treinamento físico para o futebol direcionou o atleta para a marcha, onde colheu seus maiores resultados.
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