Durante as Paralimpíadas de Paris 2024, Yeltsin Jacques voltou a brilhar ao conquistar a medalha de ouro nos 1.500m T11. O atleta sul-mato-grossense de 32 anos estabeleceu, nesta terça-feira (3), um novo recorde mundial na prova.
Ele também garantiu uma nova dobradinha com Júlio Cesar Agripino dos Santos, bronze na classe para pessoas com deficiência visual total. Nos 5.000m T11, Júlio levou a medalha de ouro com um recorde mundial, enquanto Yeltsin obteve o bronze.
“Na semifinal, já mostramos a que viemos. Foi uma prova fantástica, repetindo o feito de Tóquio. Ganhar novamente com recorde mundial me deixou muito feliz com todo o trabalho realizado. Tive uma lesão, me recuperei, depois enfrentei uma virose que acabou atrapalhando nos 5.000m, mas as expectativas eram as melhores possíveis. Nos 1.500m, eu acreditava que poderia ter ido um pouquinho mais forte. Fiquei muito feliz por o Julio estar aqui e conquistar essa medalha também. O Brasil está se tornando uma potência no meio-fundo e no fundo. Vamos ser uma inspiração para as próximas gerações”, afirmou.
Além disso, ainda nesta terça-feira, a brasileira Bruna Alexandre conquistou a medalha de bronze no tênis de mesa, alcançando sua 6ª medalha em Jogos Paralímpicos.
Desempenho de Yeltsin na disputa
Yeltsin superou suas conquistas anteriores nas Paralimpíadas de 2024, alcançando um novo recorde mundial. Após vencer a prova nos Jogos de Tóquio, onde completou os 1.500 metros em 3m57s60, ele correu para um tempo de 3m55s82 em Paris, acompanhado pelo guia Guilherme Santos.
O etíope Yitayal Silesh Yigzaw garantiu a medalha de prata com 4m03s21, enquanto Julio Cesar, com o guia Micael dos Santos, ficou com o bronze ao terminar em 4m04s03.
Durante a final desta terça-feira, Julio iniciou a corrida e liderou o pelotão na primeira volta. Na segunda volta, o equatoriano Jimmy Caicedo tentou uma fuga, mas foi na terceira volta que Yeltsin tomou a dianteira e não a abandonou.
Por fim, Julio permaneceu em segundo até a metade da última volta, quando foi ultrapassado pelo etíope. Contudo, ele conseguiu resistir ao ataque do japonês Kenya Karasawa na reta final e garantiu a medalha de bronze.
“Foi uma prova dura. Dei o meu melhor e saio feliz, de cabeça erguida, com duas medalhas paralímpicas. Parabéns ao Yeltsin. Fiquei muito feliz pelo recorde mundial dele e pela nossa dobradinha. Somos uma potência nessas provas. Isso mostra o poder da nossa seleção. Estamos muito felizes”, destacou Julio.
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