Com a conquista de 89 medalhas nas Paralimpíadas de Paris 2024, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, o Brasil alcançou um desempenho histórico e assegurou o quinto lugar geral no quadro de medalhas.

Esta é a melhor colocação do país na competição até hoje. O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, atribui esse sucesso ao planejamento estratégico implementado desde 2017 e à reformulação na abordagem da entidade.

“Esse plano foi uma bússola ao longo dos últimos oito anos e nos guiou até aqui. Ele traz a inclusão para o centro do nosso propósito. A gente deixa de fazer a inclusão pela repercussão e passamos a tê-la em nossa missão. Mudamos a lógica do desenvolvimento esportivo. Passamos a ir até as pessoas, criamos o Festival Paralímpico, a Escolinha Paralímpica e o Camping Escolar. Criamos também o caminho do atleta, que parte da escolinha e que pode culminar em um pódio como aqui em Paris. Perdemos dois anos do ciclo por conta da pandemia, caso contrário, teríamos mais jovens oriundos desses programas. Com os resultados dos projetos de formação, os resultados serão ainda melhores”, disse Mizael em entrevista coletiva.

O plano de 2017 previa que o Brasil conquistaria entre 75 e 90 medalhas em Paris e se estabeleceria entre as oito nações mais premiadas. Em Tóquio 2020, o país alcançou 72 pódios, 22 deles de ouro, que era o recorde anterior.

Participação feminina nas Paralimpíadas 2024

Além disso, a meta de aumentar a participação feminina em grandes eventos foi alcançada, com cerca de 42% da equipe brasileira composta por mulheres, responsáveis por 13 dos 25 ouros. Entre os destaques estiveram:

  • Mariana D’Andrea (halterofilismo);
  • Jerusa Geber (atletismo); e
  • Carol Santiago (natação).

“Se olharmos para a China, ela estava com mais de 60% dos pódios conquistados pelas mulheres. Acredito que seguindo essa lógica de oportunizar e criando condições, elas serão, cada vez mais, protagonistas e muito provavelmente vão superar resultados dos homens”, afirmou o presidente.

Carol Santiago, Mariana D’Andrea e Jerusa Geber exibem suas medalhas – Foto: Reprodução/Instagram.

Balanço Jogos Paralímpicos 2024

A campanha em Paris firmou o Brasil como uma força significativa no esporte paralímpico global. O destaque dos atletas brasileiros deve estimular um aumento no investimento em esportes adaptados, com o objetivo de alcançar novos êxitos em competições futuras.

O próximo desafio será sustentar o progresso e buscar melhores resultados nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, que ocorrerão em 2028.

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