Nesta terça-feira (5), agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram 12 mandados de busca e apreensão na operação Sport-Fixing, que envolve o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, suspeito de participar da fraude.
A PF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) investigam um esquema de manipulação de apostas esportivas, planejado para beneficiar apostadores em partidas de futebol.
A denúncia partiu da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que levantou suspeitas sobre a atuação de Bruno Henrique em uma partida do Campeonato Brasileiro no ano passado.
Segundo as investigações, o jogador teria recebido cartões amarelo e vermelho de forma intencional, com o objetivo de favorecer apostadores.
Familiares de Bruno Henrique aparecem entre os apostadores, de acordo com a PF, e podem ter lucrado com as punições ao jogador durante o jogo.
Empresas de monitoramento de apostas, como a International Betting Integrity Association (IBIA) e a Sportradar, detectaram movimentações suspeitas nas apostas sobre cartões no jogo em questão.
As casas de apostas forneceram dados que indicam apostas de alto valor feitas por familiares de Bruno Henrique e outras pessoas ainda não identificadas.
Esses registros chamaram a atenção das autoridades, que agiram para frear o possível esquema de manipulação.
Os mandados de busca, autorizados pela Justiça do Distrito Federal, foram cumpridos em endereços no Rio de Janeiro e em cidades mineiras como Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves.
A PF e o MPRJ classificam o caso como um “crime contra a incerteza do resultado esportivo”, conforme previsto na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de prisão.
A assessoria de Bruno Henrique informou que o jogador não comentará o caso por enquanto. O Flamengo, por sua vez, declarou que acompanha de perto o andamento das investigações.