Em Boa Vista – Roraima, é cada vez mais comum a corrida de rua reunir grande número de pessoas pelas vias da capital.
A estudante Jamylle Marques, 21 anos, começou a correr em junho de 2023, com objetivo de obter bons resultados para a saúde.
Desde então, a jovem atleta faz da atividade de rua uma ocupação que já lhe rendeu pódios.
“Eu comecei a correr de forma simples. Ganhei um patrocínio e comecei a treinar perto de casa. Fui treinando e comecei a me apaixonar. Comecei a ganhar medalhas, sentir aquela emoção que sente o corredor. Depois vieram outras corridas e hoje os pódios vêm como consequência”, ressaltou.
Se por um lado a Jamylle dá “os primeiros passos” na corrida de rua, por outro, o policial militar da reserva, Luiz Otero, pratica a atividade física há 40 anos.
Conforme o ultramaratonista, os benefícios do esporte são inúmeros.
“O benefício, primeiramente, é o bem-estar da saúde. Quando comecei a correr com 12 anos de idade não visava nada disso. Era na escola. Então, comecei a participar em pequenas provas: 800 metros, 1.500, 3.000. Quando entrei na Polícia aos 18 anos participei de corridas de 10km”, afirmou.
“Minha primeira maratona foi em Brasília. De lá para cá, a idade foi avançando e percebendo que correr é vida. Correr é tudo”, destacou.
Corridas em grupos
A participação em grupos de corrida se tornou comum entre os “calouros” e os “veteranos” do esporte.
O Jabuti do Lavrado é uma das equipes que reúne interessados na corrida de rua.
“Não é só correr. É importante também socializar. O grupo de corrida tem esse papel de agregar, de trazer mais gente. Por exemplo, em nosso grupo acolhemos várias pessoas com deficiência, pessoas que não tinham essa segurança de correr sozinhos e hoje com o grupo têm esse incentivo de participar”, comemorou Ricardo Rodrigues, um dos organizadores do grupo Jabuti do Lavrado.
Atualmente, a equipe reúne cerca de 800 corredores.
Corrida de rua aliada à solidariedade
Em 2024, ocorreu a primeira corrida Rotary Run Boa Vista. Por isso, o grupo reuniu aproximadamente 600 corredores pelas ruas do bairro Paraviana, em Boa Vista.
Conforme o presidente da Rotary Run, Marcos Trovão, os recursos arrecadados com a corrida são convertidos em doações às pessoas de baixa renda em Roraima.
“Nós estamos aqui para servir à comunidade. Nós somos a sociedade organizada: servidores públicos, produtores rurais e etc. A gente se reúne, forma o Club Rotary e temos como motivo de existência ajudar a comunidade, a sociedade, o próximo”, destacou.
Benefícios para a saúde física e mental
Vencer a procrastinação e começar a praticar corrida exige disciplina e força de vontade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática de atividade física diminui a mortalidade por todas as causas naturais.
Além disso, a corrida reduz as incidências de doenças como hipertensão, cânceres e diabetes tipo 2, além de melhorar o sono e a saúde mental e cognitiva.
Quanto à saúde mental, a corrida auxilia na diminuição da ansiedade e da depressão, pois libera neurotransmissores no cérebro quando o corpo entra em movimento intenso.