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Torcedor gravou compra de cabeça de porco jogada durante Corinthians x Palmeiras

cabeça de porco

Torcedor gravou momento em que comprou cabeça de porco para jogar no gramado. Foto: Reprodução/WhatsApp

O torcedor do Corinthians que está sendo investigado pela polícia por ter jogado uma cabeça de porco no gramado durante uma partida da equipe contra o Palmeiras, na segunda-feira (4), tinha gravado o momento em que comprou a peça e publicado nas redes sociais. No vídeo, Rafael Modilhane Cicatriz falou sobre a intenção em provocar.

“Eu estou saindo do mercadão e hoje tem Coringão sem os Mundial aqui, ó. Está vendo aqui, né?”, disse ele em um vídeo compartilhado nos stories do Instagram. Rafael ainda avisou aos seguidores em outra publicação sobre o que iria fazer.

“Sabe aquela cabeça de porco que eu postei mais cedo? Vocês vão ver ela agora, o que vai acontecer com ela. Segue aí, vai Corinthians. Nós é louco ‘memo’. Nós faz de tudo se for para mexer no psicológico”.

Veja o vídeo:

https://portalnorte.com.br/wp-content/uploads/2024/11/ssstwitter.com_1730779660678.mp4

Entenda o caso

A cabeça de porco foi lançada por volta dos 27 minutos da partida, durante uma cobrança de escanteio do meio-campista Raphael Veiga, do Palmeiras. Após o objeto ser arremessado, o atacante do Corinthians, Yuri Alberto, o chutou para fora do campo.

Em entrevista após a partida, Yuri afirmou que não sabia do que se tratava e que “quase quebrou o pé” ao acertá-lo. A presença do porco no campo foi uma clara tentativa de provocação ao Palmeiras.

A Polícia Militar requisitou imagens das câmeras de segurança do Corinthians para identificar os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram conduzidos ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) para esclarecimentos. Durante o depoimento, o Ministério Público sugeriu uma transação penal de R$ 4 mil, mas os torcedores não aceitaram o acordo e foram liberados. Eles negaram envolvimento direto no arremesso da cabeça de porco.

Um boletim de ocorrência foi registrado pela Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE), a 6ª Delegacia responsável por casos de violência e intolerância no esporte.

Os envolvidos podem responder judicialmente com base no artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, que prevê punições para torcedores que “promovam tumulto, pratiquem ou incitem a violência, ou invadam áreas restritas aos jogadores.” As penalidades incluem até seis meses de prisão ou multa.

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