O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, formalizaram nesta segunda-feira (25) um importante passo para a construção do novo estádio do clube.

O termo de compromisso foi assinado na sede social da Gávea, na zona sul, com a proposta de erguer o equipamento esportivo no Porto Maravilha.

Dois projetos de lei serão enviados à Câmara Municipal para viabilizar a iniciativa, considerada um marco tanto para o clube quanto para a economia carioca.

Estudos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico apontam que o estádio pode gerar um impacto econômico de R$ 5,3 bilhões em uma década. Esse montante inclui gastos dos torcedores com ingressos, transporte, bares e restaurantes.

Projetos de Lei para viabilizar o estádio

O primeiro projeto de lei busca permitir ao Flamengo transferir o potencial construtivo da sede da Gávea para outras áreas da cidade.

Com essa medida, o clube poderá negociar esses direitos e arrecadar cerca de R$ 500 milhões, valores que serão destinados exclusivamente à construção do novo estádio.

Já o segundo projeto visa isentar o Flamengo do pagamento de aproximadamente R$ 500 milhões em outorga de direito urbanístico adicional (Cepacs) à Caixa Econômica Federal, de quem o terreno foi adquirido.

Para compensar a Caixa, o município oferecerá medidas dentro da Operação Consorciada Porto Maravilha.

Segundo Landim, SAF poderia viabilizar projeto de estádio próprio - Foto: Paula Reis/Flamengo
Segundo Landim, SAF poderia viabilizar projeto de estádio próprio – Foto: Paula Reis/Flamengo

Compromisso e Transparência

Eduardo Paes destacou a transparência do processo e a importância do projeto para a cidade.

“É uma importante conquista para a cidade. Tudo o que fizemos respeitou o direito, o processo de desapropriação, o leilão. Tudo foi muito aberto e feito dentro das regras. O que estamos fazendo hoje é nos comprometer em permitir que o Flamengo faça uso de algo que já lhe pertence. O Flamengo não ganhou o terreno da prefeitura, ele comprou pagando o valor adequado. Nós criamos as condições para que o Flamengo tenha plena capacidade para exercer um direito que já possui. Já que o poder público não permite que o clube construa na área que lhe pertence, estamos permitindo que o faça em outra área”, disse o governador.

Impactos econômicos e previsão de inauguração

Em 2023, o Flamengo atraiu 1,8 milhão de torcedores em 33 jogos, gerando uma receita de R$ 1,374 bilhão. Com o novo estádio, a expectativa é de um aumento de 10% na arrecadação, com movimentação econômica total projetada em R$ 2,3 bilhões, R$ 329,1 milhões a mais que no ano anterior.

O presidente Rodolfo Landim celebrou o avanço e revelou que a inauguração está prevista para 15 de novembro de 2029.

“O evento serviu como uma prestação de contas para a prefeitura sobre a evolução do projeto e tudo o que nos foi cobrado pelo município em termos de adequação às exigências urbanísticas. E assinamos o documento que nos dá o potencial construtivo da Gávea para construir em outro local. Um valor em torno de R$ 500 milhões, algo muito importante para auxiliar na construção do estádio”.

– Rodolfo Landim, presidente do Flamengo.