Sete clubes da série a do campeonato brasileiro afastaram jogadores por envolvimento na investigação nos esquemas de apostas.

Apenas um deles está entre os 16 réus da denúncia oferecida pelo ministério público de Goiás.

Entres os jogadores que foram afastados estão: o lateral Pedrinho e o meia Brian Garcia do Athletico Paranaense, o zagueiro Vitor Mendes do Fluminense, o volante Richard do Cruzeiro e o lateral Nino Paraíba do América Mineiro foram afastados ontem.

O Internacional afastou o meia Mauricio, o Coritiba afastou o atacante Alef Manga e o meia Trindade da partida que acontece hoje contra o Vasco às 19h no Couto Pereira em Curitiba.

O Santos afastou o jogador Eduardo Bauerman.

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Dentre os jogadores afastados apenas o Bauerman está entre as 16 pessoas que se tornaram réus após a justiça aceitar a denúncia do Ministério Público de Goiás.

Os demais jogadores aparecem em prints de conversas com os apostadores.

Esquemas de apostas

Bauerman teria recebido 50 mil reais para levar um cartão amarelo na partida do Santos contra o Avaí válida pelo brasileirão do ano passado, mas não foi advertido e foi cobrado pelos apostadores e prometeu cometer um cartão vermelho na partida seguinte contra o Botafogo, ele levou o cartão só que depois do apito final e não foi contabilizado levando os apostadores a perderem dinheiro.

Os apostadores passaram a ameaçar o jogador que começou a pagar 20 parcelas de 50 mil reais para compensar o prejuízo da quadrilha.

O ministério público denuncia que esses jogadores teriam recebido dinheiro para cometer faltar, receber cartões (amarelo e vermelho) ou cometer pênaltis em determinadas partidas para favorecer os esquemas de apostas.

Richard do Cruzeiro teria recebido um depósito no valor de 40 mil reais para receber um cartão amarelo na partida contra Cuiabá, na época ele jogava pelo Ceará.

Já Vítor Mendes teria recebido 5 mil reais como parte de um pagamento de 35 mil reais para levar um cartão amarelo no ano passado quando jogava pelo Juventude na partida contra o Fortaleza.

Dentre os jogadores denunciados na segunda fase estão:

  • Eduardo Bauermann (Santos);
  • Gabriel Tota (Juventude);
  • Paulo Miranda (Juventude);
  • Victor Ramos (ex-Portuguesa e ultimamente na Chapecoense);
  • Igor Cariús (ex-Cuiabá);
  • Fernando Neto (ex-Operário-PR).
  • Jogadores denunciados na primeira fase da operação:
  • Ygor Catatau;
  • Allan Godói;
  • André Queixo;
  • Mateusinho;
  • Paulo Sergio (Sampaio Corrêa);
  • Gabriel Domingos (Vila Nova);
  • Joseph (Tombense);
  • Romário (Vila Nova)

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Outros quatro jogadores fizeram acordo com o Ministério Público e serão testemunhas na investigação dos esquemas de apostas.

São eles Moraes (Atlético Goianiense), Kevin Lomónaco (Red Bull Bragantino), Nikolas Farias (Novo Hamburgo) e Jarro Pedroso (ex-Inter de Santa Maria).  

A justiça de Goiás ainda estabeleceu que o homem apontado como chefe da quadrilha de apostadores, Bruno Lopes, preso na primeira fase da operação, permaneça preso, outras duas pessoas também continuam detidas.

E ao oferecer a denúncia, o Ministério Público pede a condenação do grupo envolvido e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.