Após os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e Guiana, Irfaan Ali, prometerem uma trégua, um navio britânico esses dias atracou na Guiana e o assunto irritou o presidente venezuelano.

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Em sua rede social, o presidente da Venezuela reclamou que a Venezuela estaria cumprindo os acordos e que não ficarão de braços cruzados e que nenhuma ameaça tiraria a paz da pátria.

“Venezuela ha respetado los acuerdos firmados en Argyle y no nos quedaremos de brazos cruzados ante ninguna amenaza que pretenda desestabilizar la Paz de la Patria. ¡Somos un Pueblo pacífico, pero guerrero”, post na integra do presidente.

Além disso, Maduro anunciou que vai mobilizar 5.600 militares em resposta à presença do navio de guerra britânico na Guiana.

A ação é justificada como uma resposta à “provocação e ameaça do Reino Unido”, que enviou o navio HMS Trent para a região em meio a uma disputa territorial centenária.

Em uma transmissão de rádio e televisão, Maduro afirmou ter ordenado a ativação de uma ação conjunta da Força Armada Nacional Bolivariana sobre o Caribe Oriental da Venezuela.

A ordem visa, segundo o presidente, a defesa e reação à suposta ameaça britânica contra a paz e soberania do país.

A chegada do navio britânico quebra uma frágil trégua entre os dois países, que se comprometeram a evitar um conflito militar após uma reunião entre Maduro e o presidente guianense, Irfaan Ali.

Essequibo: Maduro mobiliza exército em resposta a navio britânico na Guina
Maduro começou uma narrativa de que a região de Essequibo seria da Venezuela – Foto: José Cruz/Agência Brasil

Entenda a briga por Essequibo

Essequibo está sob o controle da Guiana desde o fim do século 19 e representa 70% do atual território do país. Lá moram 125 mil pessoas.

Desde 1841 o território é disputado por Venezuela e Guiana.

Em 2015 a disputa ficou mais acirrada, pois foi descoberto petróleo na região.

Estima-se que na região existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é “offshore”, ou seja, no mar, perto de Essequibo.

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