Durante a votação do Projeto de Lei, que dispõe sobre o Novo Ensino Médio, nesta quarta-feira (19), ao lado de fora, um grupo de estudantes manifestava seu repúdio ao texto. Entre eles, um estudante foi detido.

Diante disso, o que era para ser um protesto pacífico se tornou um momento desagradável, pois o diretor do Diretório Acadêmico da Universidade de Brasília saiu do Congresso Nacional preso pela Polícia Legislativa.

Entenda o caso

Durante a votação do PL 5.230/2023, Ricardo Sad estava protestando junto ao grupo de estudantes. Contudo, ambos usavam cartazes dentro do Congresso Nacional, que é proibido pelo Art. 3° do Ato da Comissão Diretora N° 18/2014.

Além disso, os seguranças do Senado Federal informaram aos estudantes sobre a proibição e logo depois os mesmo abaixaram os cartazes. Entretanto, o diretor do DCE da UnB não seguiu as orientações e se recusou a largar o objeto.

Diante disso, os policiais legislativos o agarraram pelos braços e conduziram Ricardo Sad à saída da Casa. Veja o vídeo do momento.

Vídeo: Portal Norte.

Enquanto era levado para fora do Congresso, o diretor gritava várias vezes aos parlamentares presentes para que não votassem a favor do projeto.

Insatisfação da UnB

Já a UnB, encarou o ocorrido como uma afronta a um de seus profissionais e segundo uma nota divulgada nas redes pela universidade, os seguranças agiram com excesso de violência. No texto, o DCE afirma que houve agressão a outros estudantes também.

“Não aceitamos tal postura não dá pra falar de educação sem a participação dos estudantes”, disse o DCE

Ademais, o departamento também criticou a postura contra os estudantes por parte do Senado e reforçou que “não dá para falar de educação sem a participação dos estudantes”.

Senado respondeu

Em uma nota divulgada pelo Senado Federal, a Casa justificou a prisão de Ricardo Sad destacando que o mesmo ignorava os policiais todas as vezes. Conforme apuração do Correio Braziliense, confira um trecho da nota.

Ao constatar a situação, os agentes envolvidos solicitaram aos usuários que guardassem os cartazes, esclarecendo tratar-se de uma vedação à referida norma. Somente um estudante se negou e continuou a exibir o cartaz, mesmo após insistência dos agentes, levando-os a retirá-lo da sala da comissão, disse a Casa.