Durante os meses de janeiro a agosto, cerca de 6,4 milhões de ataques cibernéticos foram registrados ao redor do mundo. Destes, 439 mil foram contra o Brasil, representando 7,1% do total das ações. Os dados são do relatório da empresa Netscout.

Segundo o levantamento, o Brasil perde apenas para os Estados Unidos, que lidera o ranking com mais de 1,33 milhão de ataques, 21,7% do total. Em terceiro lugar aparece a Coreia do Sul com pouco mais de 385 ataques (6,3%), seguida pelo Reino Unido, com 348.330 (5,7%), e pela China, 256.985 (4,2%).

Os ataques detectados foram do tipo de negação de serviço distribuído (DDoS, na sigla em inglês), quando o usuário utiliza das características e limitações de qualquer rede de serviço para comprometer o funcionamento do aparelho. Em março, o país chegou a registrar o maior número de ataques, superando 80 mil.

As principais origens dos ataques sofridos pelo Brasil foram Estados Unidos (62,4%), o próprio país (60,8%), Reino Unido (21,1%), Holanda (31,1%) e Alemanha (30,9%), considerando que uma única ação criminosa pode vir de múltiplos locais.

De acordo com os dados coletados, foi comprovada ainda uma tendência de aumento dos números de ataques devido a pandemia de covid-19, que tornou necessário o isolamento social e provocou uma alta no uso da internet em todo o mundo. Em 2020, foram registrados mais de 10 milhões de ataques em todo o mundo, número 20% superior ao computado em 2019 pela companhia.