A laranja é uma das frutas mais consumidas no mundo e foi pensando no seu potencial econômico que uma pesquisa analisou a geração, o desenvolvimento e a adaptação tecnológica para o agronegócio citros no Amazonas.

O estudo é coordenador por José Ferreira da Silva, pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

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O tema do estudo é “Avaliação de novas combinações de copas/porta-enxertos, manejo fitossanitário e boas práticas de cultivo, em citros no Estado do Amazonas”.

Os resultados obtidos com a pesquisa permitiram o aperfeiçoamento do processo produtivo, garantiram a melhoria, a conservação da fertilidade do solo, maior equilíbrio fitossanitário do pomar e mais sustentabilidade para o produtor.

O coordenador da pesquisa fala da importância da introdução de novas combinações de copa e porta-enxertos de citros na citricultura amazonense, em especial no Rio Preto da Eva, município a 57 Km de Manaus, onde há a maior representatividade para esse tipo de cultura.

Divulgação / José Ferreira da Silva – Segundo pesquisador, a produção de laranja ainda não atingiu o seu potencial no AM

Conforme o pesquisador, a adoção dessas novas práticas possibilitou a indicação de quatro novos porta-enxertos como alternativas mais qualitativas, em comparação ao porta-enxerto mais frequente na citricultura local, o chamado limoeiro ‘Cravo’.

“As vantagens competitivas dos quatro porta-enxertos se referem principalmente à produtividade obtida (bem acima da média estadual) e tolerância a doenças comuns da região (especialmente gomose e declínio)”, destaca.

Ainda de acordo com informações do coordenador, os estudos que ocorrem desde 2013, indicaram como alternativas viáveis os porta-enxertos: Índio, Riverside, San Diego e BRS Bravo.

“Todos eles bastantes produtivos, especialmente com 4 variedades de copas também estudadas: Pera, Pineapple, Rubi e Valência Tuxpan”, comenta.

Potencial e resultados

A produção de laranja ainda não atingiu o seu potencial, principalmente por conta do baixo cultivo de algumas regiões e da falta de uso de tecnologias inovadoras e adaptáveis às condições locais.

De acordo com informações do pesquisador, os estudos influenciam no investimento da cadeia agrícola e beneficiam todo um setor que dá suporte ao agronegócio citros.

Sobre as tecnologias geradas e adaptadas para o agronegócio, José Ferreira citou não só o uso de novas alternativas de variedades de copa e porta-enxertos de citros, por meio da ampliação da base genética dos materiais utilizados nos plantios, mas também a possibilidade de maior número de plantas cítricas por área.

Outras alternativas práticas para o produtor são a redução da competição das plantas cítricas, com a matovegetação local, introduzindo capins perenes, como o Urucloa ruziziensis e a diminuição no uso de herbicidas nos pomares cítricos por conta do manejo de gramíneas com uso de roçadeiras.

Os resultados adquiridos durante a pesquisa podem auxiliar o agricultor no seu dia a dia.