Após a Procuradoria-Geral da República (PGR) começar a investigar o deputado Federal André Janones, por suposto esquema de rachadinha, o ex-assessor do parlamentar, Fabrício Ferreira de Oliveira, vai entrar com ação, tanto na PGR quanto na Polícia Federal (PF), para que seja feita uma acareação entre os dois.

A acareação é um confronto de versões entre as partes envolvidas em um processo, que submete testemunhas, acusados e vítimas sobre pontos que não batem com a investigação.

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Isso porque, de acordo com Oliveira, caso ele e Janones fiquem frente a frente, ele vai conseguir expor contradições do parlamentar, como, por exemplo, nunca ter cobrado o salário de servidores do gabinete para ter mais dinheiro ou fazer caixa para campanhas.

A coluna de Paulo Cappelli revelou áudios sobre uma reunião que Janones fez sobre o esquema de rachadinha no gabinete dele, mas o parlamentar afirmou que não recebeu dinheiro de assessores e que essa reunião foi antes dele tomar posse como deputado. 

Já o ex-assessor disse que isso não é verdade, e que Janones já era deputado sim. “Nossas nomeações já haviam sido publicadas no Diário Oficial. Tanto que, naquele dia, no começo de fevereiro [de 2018], eu já tinha acessado a Câmara usando o meu crachá de servidor”, afirma.

A investigação contra Janones começou após uma notícia-crime ser apresentada por Fabrício Ferreira. Agora, tanto a PGR, quanto à PF fazem parte do caso, por determinação do ministro Luiz Fux.

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