O ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse(Agir), foi condenado por usar bloqueador de sinais em seu gabinete, em Tocantins.
A condenação ocorreu em primeira instância pelo juiz federal Adelmar Aires Pimenta da Silva, da 4ª Vara Federal.
A sentença foi proferida após ser comprovado que o político utilizou clandestinamente um bloqueador de sinais de telecomunicações em seu gabinete, enquanto esteve à frente do governo do estado.
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A pena inicial de 2 anos e quatro meses de prisão foi substituída por dez salários mínimos de multa e proibição de exercer qualquer cargo, função ou atividade pública por mais de dois anos.
Além disso, o ex-governador deverá pagar uma multa de R$ 89,7 mil.
Defesa do ex-governador
O advogado Juvenal Keyber, que representa Mauro Carlesse, alega que as provas apresentadas durante a audiência de instrução demonstraram que o aparelho já estava presente no gabinete quando o político assumiu o governo.
Além disso, segundo testemunhas, o dispositivo não foi utilizado durante seu mandato, sendo que a própria Polícia Federal (PF) admitiu que o aparelho não estava funcionando durante a busca e apreensão.
Diante disso, a defesa do ex-governador informou que respeita a decisão da primeira instância, mas recorrerá da sentença.
A apreensão do bloqueador de sinais ocorreu no contexto de uma investigação eleitoral que apurava possíveis liberações irregulares de emendas às vésperas das eleições.
A operação de busca e apreensão, realizada em 14 de junho de 2018, visava esclarecer possíveis práticas ilícitas durante o mandato-tampão de Mauro Carlesse.
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