O Comando Militar da Amazônia (CMA) do Exército Brasileiro, sediado em Manaus, cedeu o prédio para que manifestantes acampados na porta do quartel guardassem pertences.

Além disso, receberam individualmente os integrantes do ato golpista, antes de a Polícia Militar (PM) cumprir a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) para pôr fim aos acampamentos de bolsonaristas radicais.

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Conveniência do Exército

O relato consta em documentos da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas e da Procuradoria-Geral do Estado enviados à casa Civil e ao Judiciário logo após o cumprimento da ação pela PM, e divulgados pelo UOL.

No documento, a Secretaria de Segurança afirmou que o Exército:

  • Participou de duas reuniões do gabinete de crise;
  • Disponibilizou; para quem solicitou;
  • Espaço para guarda temporária de material usado no manifesto;
  • Realizou negociação de maneira individual e dentro do quartel (diferente do que foi tratado em reunião, quando seria em conjunto com a PM).

Em outra manifestação, a Procuradoria reforça o descumprimento e informa à 1ª Vara Federal que “não houve qualquer auxílio das Forças Armadas à Polícia Militar para cumprimento da missão”.

Retirada dos bolsonarista do CMA

Equipes de segurança do Amazonas começaram, por volta das 11h20 do dia 9 de janeiro, a retirada de manifestantes bolsonarista de frente do Comando Militar da Amazônia (CMA), na Zona Oeste de Manaus.

Manifestantes estavam acampados na frente do CMA do exército, desde o dia 2 de novembro de 2022,por não aceitarem o resultado das eleições presidenciais.

A retirada ocorre por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) após atos terroristas em Brasília, no domingo (8).

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Descumprimento da ordem

As manifestações do governo do Amazonas levaram o Ministério Público Federal a enviar pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para que apure o descumprimento da ordem de encerramento de todos os atos golpistas pelo país.

Requer ao Juízo da 1ª Vara a comunicação, com urgência, ao Supremo Tribunal Federal, endereçada ao Exmo. Sr. Ministro Alexandre de Morais, do possível descumprimento das medidas determinadas na ADPF 519/DF por parte do Exército no Comando Militar da Amazônia”.