A Potássio do Brasil Ltda já possui 11 licenças para iniciar o Projeto Potássio Autazes. Na terça-feira (14), a empresa recebeu mais seis licenças do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão responsável pelo Licenciamento Ambiental do Governo do Estado do Amazonas.

As licenças concedidas até o momento aceleram a implementação do complexo de obras, no município de Autazes, a 112 quilômetros de Manaus, para a extração de potássio.

As novas Licenças de Instalação abrangem várias atividades, desde supressão vegetal até terraplanagem do Terminal de Minério e do Porto.

Licença ambiental para Projeto Potássio Autazes

Conforme a empresa, após a instalação da mina e outras atividades do Projeto Potássio Autazes, como a construção da planta de beneficiamento para a produção do cloreto de potássio, a última licença será concedida.

Isso permitirá o início efetivo da extração e do beneficiamento do minério, uma operação prevista para mais de 23 anos.

As licenças de Instalação concedidas pelo IPAAM detalham as obras a serem realizadas pela Potássio do Brasil para viabilizar a extração da Silvinita, ao mesmo tempo, estabelecem condições para a manutenção dessas licenças.

A empresa alega que o empreendimento deve gerar empregos diretos e desempenhará um papel estratégico na busca pela independência do Brasil no mercado de fertilizantes.

Povo Mura

Há poucos dias, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação para interromper as licenças de exploração de potássio em Autazes. O órgão argumenta preocupações com a proteção ambiental e com a comunidade indígena Mura.

As licenças foram recentemente concedidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas (Ipaam) à Potássio do Brasil. O projeto das obras abrange áreas onde o povo indígena Mura tradicionalmente habita. As terras estão em processo de demarcação.

O empreendimento está próximo de outras duas terras indígenas: Jauary e Paracuhuba. A comunidade Parachuba está localizada aproximadamente a 6 km da área de exploração.

O MPF ressalta o risco ambiental significativo na região, já que o projeto envolve a perfuração do solo com a abertura de grandes túneis em profundidade. O órgão questiona se todos os estudos necessários foram realizados de forma adequada.

* Com informações da Assessoria