Em um vídeo divulgado na rede social X, antigo Twitter, um grupo de homens encapuzados que dizem ser parte da facção criminosa “Los Lobos”, assumiu o assassinato de Fernando Villavicencio, candidato presidencial do Equador.

Ele foi morto com três tiros na cabeça nessa quarta-feira (9), em um atentado durante um comício político em uma escola no norte de Quito.

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O atentado aconteceu 11 dias antes das eleições gerais do Equador, que decretou estado de emergência em meio a uma onda de violência que afeta várias partes do país sul-americano.

O grupo assume na gravação a autoria do ataque a Fernando Villavicencio, e o acusa de ter feito um acordo com o crime organizado e não ter cumprido suas promessas.

“Queremos deixar claro para todos que cada vez que políticos corruptos não cumprirem com suas promessas antes estabelecidas, quando receberem nosso dinheiro, que são milhões de dólares, para financiar suas campanhas, serão executados”, diz um porta-voz rodeado de outros criminosos vestidos de preto e com balaclavas cobrindo os rostos enquanto exibem suas armas de fogo

No mesmo vídeo, o grupo dissidente da facção “Los Cocheros” (filial equatoriana do Cartel de Sinaloa, no México), ameaça outro presidenciável, Jan Topic.

“Isso se repetirá quando os corruptos não cumprirem suas palavras. Você também, Jan Topic.”

Facção

Os Los Lobos são uma facção criminosa considerada a segunda maior do país. Cerca de 8 mil pessoas fazem parte do grupo que é dissidente da facção “Los Cocheros”.

Envolvido com tráfico internacional de cocaína, o grupo Los Lobos também esteve envolvido em mortes brutais dentro de presídios no Equador recentemente.

Em maio de 2022, essa facção foi responsável por uma rebelião que deixou 43 mortos em um presídio de Santo Domingo.

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Atentado durante comício

O candidato Fernando Villavicencio foi assassinado com tiros na cabeça nesaa quarta-feira (9) em um atentado durante um comício político em uma escola no norte de Quito.

Ele estava há 11 dias das eleições gerais e em meio a uma onda de violência que afeta várias partes do país sul-americano.

Villavicencio foi um dos oito candidatos registrados para a eleição presidencial de 20 de agosto.

O político não estava entre os favoritos, com apenas 10% das preferências, embora fosse uma figura conhecida por denunciar no passado vários casos de corrupção governamental.

O candidato estava mobilizado com proteção policial há várias semanas.

Segundo o assessor da campanha do candidato, Villavicencio havia recebido duas ameaças de morte, mas não deu mais detalhes.