Familiares de Djidja Cardoso denunciaram à polícia que tentaram ajudá-la contra a dependência química, mas foram impedidos pela mãe e pelo irmão dela.

Os familiares alegaram que sempre eram impedidos de se aproximar da ex-sinhazinha para ajudar.

Ademar e Cleusimar Cardoso estão presos preventivamente e estão sendo investigados por integrarem um grupo religioso que utilizava cetamina em rituais.

Segundo familiares que denunciaram a mãe e o irmão à polícia, há cerca de um ano, a jovem passou a ser usuária de drogas. Eles afirmam que tentaram ajudá-la, mas foram impedidos por Ademar e Cleusimar, que não permitiram que Djidja recebesse tratamento adequado.

Ainda conforme os familiares, os três viviam o drama da dependência química em cetamina, nos últimos meses, devido ao uso constante da droga, ficou debilitada ao ponto de não conseguir mais sair da cama, conforma a denúncia de uma prima, que afirma que foi impedida de ajudá-la.

“Ela ficou muito dependente. Então ela não vivia mais sem. Ela estava usando fralda, não conseguia mais se levantar, as pernas inchadas. A Djidja não queria que as pessoas a vissem daquele jeito. Ela já estava com vergonha da aparência dela, mas para eles [mãe e irmão] era normal”, disse a prima, que pediu anonimato.

“Ela ficou muito dependente. Então ela não vivia mais sem. Várias vezes a gente tentou fazer alguma coisa, nós fizemos BOs. Porém, a mãe e os funcionários proibiram nossa entrada. A gente não podia fazer nada”, disse.

Investigação sobre a morte de Djidja Cardoso

Djidja foi encontrada morta no dia 28 de maio dentro da casa onde morava com a mãe e o irmão, na Zona Norte de Manaus.

 A principal suspeita é de que ela teve uma overdose de cetamina, anestésico de uso humano e veterinário, mas a polícia aguarda o resultado do exame de necropsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), que deve sair em até 30 dias.