A Polícia Federal (PF) cumpriu no mês de agosto dois mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão contra suspeitos de fraudes bilionárias com criptomoedas através da operação Kryptos.
Na ação, a PF prendeu Glaidson Acácio dos Santos em uma mansão na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense. Ele é proprietário de uma consultoria em bitcoins no município de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.
Glaidson é suspeito de liderar a movimentação de bilhões de reais em um esquema de pirâmide financeira, cuja promessa era de retorno de até 15% do valor investido pelos clientes.
Segundo um relatório do Ministério da Justiça, que também atua na investigação, Glaidson repassou para 182 endereços o investimento feito em criptomoedas feito à sua empresa, a G.A.S. Consultoria e Tecnologia.
Ele teria investido R$ 1,2 bi em criptomoedas que foram para a sua própria conta e também para as contas de sua mulher e sócia, Mirelis Zerpa; para o outro líder do esquema Tunay Pereira Lima; e para Vicente Gadelha Rocha Neto, que está foragido, e outras duas pessoas.
De acordo com investigadores, o fracionamento em pequenos valores foi uma tentativa do ex-garçom de ocultar a origem do dinheiro.
Investigações da PF apontam a suspeita de prática de crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O esquema liderado por Glaidson Acácio dos Santos na empresa GAS Consultoria, que movimentou R$ 38 bilhões, deve gerar uma ‘enxurrada de registros de estelionato em todo o Brasil’. É o que diz o relatório da investigação da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Rio.
Diante disso, os investigadores concluíram que, de fato, se trata de um esquema de pirâmide financeira.
Glaidson está preso no sistema penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. A mulher dele, Mirelis Zerpa, está foragida nos Estados Unidos e sendo procurada pela Interpol.
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