Quem começa a ser afetado por idas mais frequentes e urgentes ao banheiro para urinar começa a se perguntar se o hábito é normal.

A diurese noturna, é a vontade de urinar com frequência durante a noite e faz com que a pessoa precise interromper seu sono várias vezes para ir ao banheiro.

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Segundo o urologista Flávio Antunes, essa característica pode ser diagnósticada como Bexiga Hiperativa (BH).

“A bexiga hiperativa é uma síndrome clínica crônica caracterizada pela urgência em urinar e pode estar associada ou não à incontinência, que é a perda involuntária de urina. Ela afeta a qualidade de vida do paciente e compromete consideravelmente a qualidade do sono devido às interrupções. Também é comum necessitar ir ao banheiro para urinar mais de 7 vezes em 24 horas”, explicou o médico.

A condição é mais comum em mulheres, mas também pode afetar homens.

Entre os fatores de risco para o probema estão: quantidade de partos que a mulher teve ao longo da vida; pedras na bexiga; intestino preso e a obesidade. Este último, segundo o especialista, é um dos mais importantes fatores para  desenvolvimento da doença.

De acordo com o urologista, o primeiro sinal de alerta pode vir durante a noite.

“Um dos primeiros sintomas da bexiga hiperativa é quando o paciente passa a urinar mais vezes durante a noite, e com uma certa urgência. O indíviduo acaba levantando várias vezes para ir ao banheiro.

Imagem: Divulgação – A condição é mais comum em mulheres, mas também pode afetar homens

O diagnóstico a princípio, segundo Flávio Antunes, é feito para identificar outras doenças, como infecção urinária, insuficiência renal, cálculos renais e câncer.

Quando uma pessoa tem sintomas sugestivos de BH, o médico solicita exames de urina e imagem das vias urinárias como, por exemplo, uma ecografia.

“Essa é uma síndrome que a gente faz o diagnóstico quando o profissional de saúde não identifica outras doenças, que possuem os mesmos sintomas, entre elas infecções e tumores na bexiga, por exemplo. O diário miccional e os questionários de sintomas urinários são uma importante ferramenta na avaliação do paciente com bexiga hiperativa”, destacou.

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Também existem fatores de risco que podem contribuir para a bexiga hiperativa, tais como:

– Distúrbios neurológicos;

– Doenças que afetam o cérebro ou a medula espinhal, como derrame e esclerose múltipla;

– Obstrução urinária em homens com aumento prostático (por irritação na bexiga);

– Alterações hormonais;

– Fraqueza ou espasmos nos músculos pélvicos;

– e efeitos colaterais de medicamentos.

Tratamento

Para tratar a bexiga hiperativa, o urologista prescreve medicações e fisioterapia associada.

Além disso, entre as medidas gerais, o paciente deve evitar o uso de produtos que são irritantes da parte interna da bexiga do trato urinário (mucosa), como é o caso da bebida alcoólica, dos refrigerantes, do café e da pimenta.

Imagem: Divulgação – Médico urologista Flávio Antunes

Fisioterapia pélvica

A fisioterapia atua na bexiga hiperativa, assim como nos casos de incontinência urinária, porque recupera essa função dos músculos do assoalho pélvico.

O primeiro passo para o início deste tratamento é uma avaliação da paciente e um programa de alongamento, fortalecimento e, em alguns casos, também há o uso da eletroterapia.

Como prevenir a BH?

Algumas mudanças de hábito podem auxiliar na prevenção da síndrome, como manter o peso recomendado pelo médico; não fumar; evitar bebidas alcóolicas; reduzir ingestão de chás, cafeínas, sucos cítricos e chocolate.

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