O ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (25) o registro de duas mortes por febre oropouche no Brasil. Os casos estavam sendo investigados.

As mulheres que registraram os casos na Bahia tinham menos de 30 anos e não apresentavam comorbidades.

A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia informou que a primeira morte confirmada pela doença foi de uma mulher de 24 anos, residente em Valença, que faleceu em 27 de março.

A outra morte, de uma mulher de 21 anos, ocorreu em 10 de maio no município de Camamu.

Segundo o ministério da Saúde, elas apresentaram sintomas semelhantes aos de um quadro de dengue grave.

Adicionalmente, outra morte em Santa Catarina está sob investigação e pode estar relacionada à doença. Por outro lado, um quarto óbito no Maranhão foi descartado.

Além disso, seis casos de transmissão vertical, onde a grávida passa a infecção para o bebê, estão sendo apurados. Dois casos ocorreram em Pernambuco, onde as crianças morreram; um na Bahia e dois no Acre.

A Pasta informou que monitora casos e possíveis óbitos por oropouche através da Sala Nacional de Arboviroses, em constante diálogo com as secretarias estaduais e municipais de saúde.

O governo também acompanha a situação nos estados com visitas técnicas, investigação in loco, busca ativa e pesquisa vetorial para apoiar a resposta local.

Febre Oropouche

O vírus transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, causa a febre do Oropouche.

Inicialmente, os sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya.

O quadro clínico agudo pode começar com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular.

Além disso, as pessoas relatam outros sintomas, como tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

Não há tratamento específico disponível. Portanto, as medidas de prevenção consistem em evitar áreas com a presença de maruins ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.

Para isso, o ministério sa Saúde alertou para a proteção individual, como o uso de roupas compridas e sapatos fechados.

Além disso, a proteção coletiva também é importante, como a limpeza de terrenos e locais de criação de animais, o recolhimento de folhas e frutos que caem no solo, e o uso de telas de malha fina em portas e janelas.

Em 2024, registraram-se 7.236 casos de febre do Oropouche em 20 estados brasileiros. A maioria desses casos ocorreu no Amazonas e em Rondônia.

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