O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, nesta terça-feira (7).

O Encontro foi para tratar assuntos de interesse do BC e do ministério da Fazenda.

Tanto Campos Neto como Haddad não se pronunciaram sobre a reunião e o que foi discutido.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Além disso, os temas em debate não foram divulgados pelas assessorias dos órgãos, mas a assessoria do BC afirmou que o encontro tratou de assuntos governamentais.

O encontro constava na agenda oficial tanto de Haddad como na de Campos Neto.

No entanto, alguns dos assuntos que podem ter sido discutidos como arcabouço fiscal, que foi finalizado pelo ministro, as diretorias de fiscalização e de política monetária do Banco Central e a iminente tensão entre o Banco Central e o Governo Federal.

Os mandatos dos diretores de Fiscalização – Paulo Souza– e de Política Monetária – Bruno Serra Fernandes – do BC acabaram no dia 28 de fevereiro.

Haddad afirmou, na segunda-feira (6), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá tuilizar o mês de março para conhecer os possíveis indicados.

Além de Haddad e Campos Neto, participam também da reunião o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo; o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

Já no que se refere a equipe do BC, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Abry Guillen; a diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do BC, Fernanda Guardado; e o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes estavam presentes.

RELACIONADAS

+ Haddad critica questão dos diamantes e fala sobre programa Desenrola

+ Haddad quer taxar apostas online para repor perdas no IR; entenda

+ Haddad espera queda de juros após aumento de impostos dos combustíveis

Haddad e Campos Neto

A reunião entre os dois ocorreu depois de 10 dias do último encontro entre Haddad e Campos Neto, em Bangalore, na Índia, durante reunião do G20.

Os encontros de Haddad com Campos Neto ocorrem em meio a tensões entre o Poder Executivo e o presidente do BC.

No dia 2 de março, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista à BandNews FM, criticou a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano.

“Este país tem uma pessoa que foi eleita para presidi-lo. Mesmo assim, essa pessoa não tem autonomia. Eu tenho que prestar contas ao Congresso Nacional, eu tenho que prestar contas à Câmara, ao Senado, ao Tribunal de Contas da União, à sociedade brasileira, aos meios de comunicação que estão toda hora cobrando. Ora, por que esse cidadão (Campos Neto), que não foi eleito para nada, acha que tem o poder de decidir as coisas?”, indagou o presidente da República.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que vai definir a taxa básica de juros da economia, vai ocorrer em 21 e 22 de março.