Sob o tema “Raízes: o entrelaçar de gentes e lutas”, o Boi Bumbá Caprichoso abriu a primeira noite do Festival Folclórico de Parintins, nesta sexta-feira (28), com a Lenda Amazônica “A Dona da Noite”.

A proposta é mostrar a criação da noite que, conforme a narrativa indígena, ficava escondida no fundo do rio, no Reino da Cobra Grande.

Ela estaria dentro de um caroço de tucumã, sendo libertada por Tacunha, líder do povo Tupi e casado com Inhambu, filha da Cobra Grande.

No início da apresentação da primeira noite de apresentações, o Touro Negro mostra a transformação da alegoria da cobra até que surja, de dentro dela, a escuridão.

É neste momento que aparece Marciele Albuquerque, Cunhã-Poranga, que é elevada junto da alegoria nos ares do Bumbódromo de Parintins. A alegoria da primeira noite do Caprichoso é de criação do artista Roberto Reis, parintinense de 45 anos.

“A escuridão invadiu toda a mata cobrindo rios e árvores: uma gigantesca esfera luminosa, a lua, emergiu no céu ladeada por inúmeras estrelas. Assim, todas as coisas da floresta foram se metamorfoseando – cestos trançados em onças pretas e pintadas, troncos e pedras em pássaros, como o gavião, galo da serra, socó, araras, tucanos, colibris e outros bichos, como camaleões e lagartos, que embelezaram a vida e transfiguraram a raiz cultural de nosso povo”, explica o bumbá.

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