As duas principais alegorias da terceira noite do 57º Festival Folclórico de Parintins do Boi Garantido foram as que finalizaram o último dia, com a Lenda do Uirapurú e o ritual Jeroki Kaiowá.
A Lenda Amazônica representou a origem do Uirapurú, famoso pássaro amazônico, cujo canto é associado a demonstração de amor. Ao todo, foram oito módulos nesta alegoria, com 21 metros.
Nesta lenda, o povo Sateré-Mawé conta a história de amor entre o guerreiro Wassiri e a cunhã Yaci. Em uma de suas caminhadas na mata, o rapaz ficou enfeitiçado pela cobra jararaca e se perdeu para sempre. Compadecido da dor de Yaci, que chorou o rio Andirá, Tupã lhe transformou no Uirapurú, o pássaro “cujo canto expressa o verdadeiro amor”.
Os responsáveis por ela são Luiz Sampaio, Leno Souza e Arthur Brasil. De dentro do módulo central saiu Isabelle Nogueira, a Cunhã-Poranga.
Ela evoluiu e transformou-se em pássaro no Bumbódromo, com uma indumentária rica em cores e detalhes que remeteram à famosa ave.
Na sequência, veio o Ritual Indígena, com a presença do pajé Adriano Paketá. Junto de uma alegoria de 23 metros, ele representou o ritual Jeroki Kaiowá.
“Jeroki é um ritual xamanístico cotidiano que religa os Guarani Kaiowá ao Pa’i Kuara, sua função é o equilíbrio do cosmos, a garantia da vida. Mas para chegar à aldeia divina e ancestral onde pa’i kuara faz morada, é preciso percorrer o jeguaka, a trilha do relâmpago, um caminho sobrenatural repleto de feras e seres malignos”, explica o bumbá.
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