A Fifa confirmou a data de sua visita à sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e anunciou planos de se reunir tanto com o presidente afastado da entidade, Ednaldo Rodrigues, quanto com o interventor nomeado pela Justiça brasileira, José Perdiz de Jesus.

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A delegação, composta por três dirigentes, incluindo um representante da Conmebol, que chegará ao Brasil no dia 8 de janeiro.

A CBF recebeu a notificação sobre a visita no último dia do ano, por meio de uma carta da Fifa. A programação inclui reuniões consecutivas na sede da CBF entre a tarde do dia 8 e a tarde do dia 10.

A comitiva também planeja entrar em contato com membros do governo federal, conforme mencionado na carta, sem especificar quem seriam esses membros.

O boletim da Fifa, assinado por Kenny Jean-Marie e Monserrat Jiménez Granda, destaca que a delegação contará com o advogado espanhol Emilio Garcia Silvero, chefe do escritório jurídico e de compliance da Fifa.

Deve contar também com a presença Nodar Akhalkatsi, diretor de projetos estratégicos e governança da Geórgia; e o advogado Rodrigo Aguirre, especialista em litígio da Conmebol.

A crise institucional na CBF começou em dezembro, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da confederação, nomeando José Perdiz de Jesus como interventor.

A Fifa reagiu rapidamente, ameaçando suspender a CBF, o que impactaria a participação da seleção brasileira e dos clubes em competições internacionais.

A visita da Fifa tem o objetivo de compreender a situação e, até o encontro, agendado entre 8 e 10 de janeiro, a entidade não reconhecerá nenhuma decisão da CBF.

A Fifa já se posicionou contra a realização de novas eleições antes dessa visita, desafiando a determinação do TJ-RJ, que estipulou um prazo de 30 dias úteis para a realização de um novo pleito.

O caso que levou à crise abordou a legalidade de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) em março de 2022.

A anulação desse acordo e as disputas legais subsequentes colocaram a CBF no centro de uma controvérsia que a Fifa está agora buscando resolver.

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