O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) realizou os primeiros sequenciamentos genômicos do vírus da Monkeypox (MPXV) na Região Norte.
A investigação é realizada pelo Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados (ViVER), vinculado ao Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia da instituição (EDTA).
O Amazonas possui 9 casos confirmados da doença.
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As duas amostras sequenciadas fazem parte da mesma linhagem do vírus em circulação em vários países, incluindo o Brasil.
Até então, os sequenciamentos realizados no país eram restritos ao eixo Sul-Sudeste – num total, foram 34 mapeamentos feitos no Brasil até agora.
A metodologia utilizada no ILMD foi de metagenômica, que permite acessar a informação genética de qualquer patógeno.
“Os dados do Amazonas passam a integrar a rede de dados genômicos relativos à monkeypox no mundo”, afirma o virologista Felipe Naveca, coordenador do ViVER.
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Com o feito, o ILMD/Fiocruz Amazônia coloca o Amazonas em evidência como o único Estado fora do eixo sul-sudeste a realizar o procedimento até o momento.
O Núcleo de Vigilância do EDTA é um dos quatro laboratórios referência nacional entre os oito credenciados pelo Ministério da Saúde para o diagnóstico de casos da monkeypox no Brasil.
O laboratório é responsável pelas análises das amostras coletadas nos Estados do Acre e Roraima, além do Amazonas.
Na última semana, o laboratório atingiu a marca de mais de 8.000 genomas sequenciados, atendendo aos estados do Amazonas, Rondônia, Roraima e Acre, além do Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste).
A doença
A confirmação do primeiro caso brasileiro da Moonkeypox foi feita em 9 de junho, pelo Instituto Adolpho Lutz.
Embora seja conhecido por causar a Monkeypox, o MPXV é um vírus que infecta principalmente roedores na África.
O patógeno integra a família Orthopoxviridae, a mesma do vírus da varíola humana, erradicada em 1980.
A doença geralmente começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, sintomas semelhantes ao do resfriado ou gripe.
Alguns dias após o início da febre aparecem as lesões na pele, que contêm alta carga viral.
A disseminação se dá pelo contato direto com as feridas ou com roupas, lençóis e toalhas usadas por alguém com as lesões na pele.
As lesões aparecem principalmente na genitália e por isso tem se discutido a transmissão sexual.
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