Derrotado por 3 a 2 pelo Al-Hilal na terça-feira (7), o Flamengo não alcançou o tão sonhado duelo com o Real Madrid para brigar pelo título do Mundial de Clubes e terá de se contentar em lutar pelo terceiro lugar com o Al-Ahly, eliminado pelo time espanhol.

A partir das 12h30 deste sábado (11), o time comandado por Vítor Pereira encara a equipe egípcia no estádio Ibn Batouta, em Tânger, com a missão de levar uma carga menor de frustração do Marrocos ao Brasil.

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Os últimos dias foram de provocações de rivais, reflexões internas e questionamentos sobre o trabalho do treinador português, contratado no final do ano passado após a diretoria escolher não continuar com Dorival Júnior, campeão da Copa do Brasil e da Libertadores.

Logo após a eliminação para o Al-Hilal, Gabigol, um dos líderes do elenco rubro-negro, defendeu Pereira.

“A gente está com o Vítor, a gente gosta dele. Um trabalho muito bom. É início de trabalho , quando se perde, cria-se um monte de coisa. Já está chato essa coisa. Ele foi escolhido para estar aqui, como a gente também. Aqui, quem é o maior é o Flamengo. Não há o que falar sobre o grupo, sobre ele. O Vítor tem sido maravilhoso, nossa relação é boa, os treinos têm sido bons. É claro, a gente tem que melhorar e vai”, comentou o atacante.

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Técnico do Flamengo responde

Para o técnico, a resposta sobre o que deu errado na terça-feira e o que não pode se repetir neste final de semana está relacionada a questões táticas que precisam ser aprimoradas.

A busca, segundo ele, é pelo equilíbrio entre os setores, pois o time tem exibido momentos de fragilidade defensiva que o incomodam bastante.

“Pretendemos que o Flamengo seja um equipe forte a atacar e forte a defender. Nós temos sofrido muito mais gols do que aquilo que eu pretendo. Uma equipe equilibrada nem permite ocasiões ao adversário”, disse.

A solução para esse problema foi buscada por Vítor Pereira durante os poucos treinamentos de preparação para a disputa do terceiro lugar entre quarta e sexta-feira.

Embora considere a defesa o setor mais necessitado de ajustes, não descarta fazer mudanças no setor ofensivo para adaptar o time ao esquema 4-3-3, bastante apreciado por ele.

“É diferente jogar com o Arrascaeta por dentro ou com o Cebolinha São dois jogadores diferentes completamente. Se olharmos para o Everton Ribeiro e o Marinho, são dois jogadores com características diferentes. O sistema tem que ter flexibilidade de introduzir as características do próprio jogador. Não é obrigar o jogador a fazer coisa que não consegue fazer, mas colocá-lo em uma função em que consigamos extrair o melhor. O sistema tem de ser flexível”, afirmou.

O treinador terá de fazer pelo menos duas alterações, pois o volante Gerson foi expulso durante a derrota do início da semana, e o zagueiro Léo Pereira está lesionado.

O lateral-esquerdo Filipe Luís, que começou no banco de reservas, também está machucado. Pulgar e Vidal brigam pela vaga no meio de campo, e Fabrício Bruno deve entrar na defesa.

Apesar da derrota frustrante, o Flamengo é motivo de bastante preocupação para o suíço Marcel Koller, treinador do Al-Ahly, que assistiu ao jogo da eliminação flamenguista e se impressionou com a qualidade dos jogadores.

“No aspecto técnico, são muito fortes, têm jogadores que são capazes de driblar facilmente, um estilo muito brasileiro”, afirmou em coletiva de imprensa.

Diante do Real Madrid, seu time teve dificuldades e cometeu muitos erros, por isso acabou derrotado por 4 a 1.