Os países da América Latina e Caribe conseguiram avançar no combate à fome e à insegurança alimentar nos últimos anos. Os dados fazem parte do Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe 2023, elaborado por cinco agências do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). 

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O documento foi divulgado nesta quinta-feira (9) e detalha como fatores geopolíticos, a exemplo da guerra da Ucrânia, a crise sanitária da covid-19 e a crise climática afetam os números. De acordo com o relatório, o índice de fome na região passou de 7% em 2021 para 6,5% em 2022. Em números absolutos, no entanto, isto significa que cerca de 43,2 milhões de pessoas integram esta estatística.

Apesar do recuo, a taxa ainda ficou 0,9% acima da registrada em 2019, ano imediatamente anterior à pandemia de covid-19. Entre a população mundial, a taxa se manteve estável em 9,2%.

O relatório também diz respeito ao impacto da falta de acesso à alimentação adequada na vida de crianças. Em todos os recortes geográficos, houve redução no índice de atraso no crescimento de crianças de até 5 anos de idade, quando se comparam dados de 2000 e 2022 com o biênio 2014-2016, período inicial da coleta de dados para análise. 

No mundo, a porcentagem caiu de 33% para 22,3%. Na América Latina e Caribe, passou de 17,8% em 2000 para 11,5% em 2022. Já no Brasil, o percentual passou de 9,8% para 7,2%, na mesma base de comparação.

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