Adriano Machado, o repórter fotográfico da Agência Reuters, que está depondo nesta terça-feira (15/8) na CPMI do 8 de janeiro, diz ter sido ameaçado e obrigado por alguns manifestantes a apagar fotos da cobertura dos atos antidemocráticos.

Adriano foi requerido a depor na CPMI devido a imagens onde ele aparece sendo cumprimentado por um dos vândalos que estavam nos atos de 8 de janeiro. Em sua defesa, ele disse ter tido contato com alguns manifestantes apenas para proteger sua vida.

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Questionado pela senadora e relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), o fotojornalista afirmou ter sofrido ameaças dos manifestantes.

“Fui muitas vezes xingado, questionado e demandado a sair daquele ambiente por diversas pessoas. De todo modo eu continuei fazendo meu trabalho de forma neutra, na medida do possível. Até que fui retirado por um deles”, destacou. Ele também se defendeu das acusações de estar “infiltrado” e disse que seu trabalho foi distorcido.

Oposição

Durante a sessão, a oposição levantou a discussão sobre a um requerimento, que ainda estaria sendo votado entre os parlamentares, para determinar uma busca e apreensão no Ministério da Justiça. O deputado e presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), declarou que não apoaria esse pedido.

“Vamos insistir e usar todos os meios legais para que enviem os vídeos. Agora, não contem comigo para fazer bravata para querer mandar a Polícia do Senado para fazer busca e apreensão. Não farei isso.”, disse.

Ele ainda concluiu: “Não há dúvida de que existem mais de duas câmeras no Ministério da Justiça. Espero que o ministro Flávio Dino tenha consciência do papel que ele representa e da obrigação que ele tem de contribuir com essa CPMI e envie a totalidade das imagens”.

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