‘Dentre a pompa e real maravilha’, a cidade de Manaus chega aos seus 354 anos nesta terça-feira (24).
As mais de 3 décadas da ‘terra dos nobres Manaós’ carregam memórias de seus habitantes e da modernização da capital amazonense.
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Atuando na coleta e divulgação, o projeto ‘Manaus de Antigamente’ trabalha há 11 anos na busca por registros que recontem a história da cidade.
Dentre a coletânea, o ‘Manaus de Antigamente’ possui fotos perdidas no tempo de diversos pontos da cidade entre as décadas de 1980 e 1990. Há muita imagem também de séculos atrás.
Teatro Amazonas
O Teatro Amazonas, que é um dos principais cartões postais de Manaus, foi inaugurado em 1896, após ter sua obra impulsionada no governo de Eduardo Ribeiro.
A sua luxuosa construção rememora o período do ‘Ciclo da Borracha’, onde a seiva da seringueira era bastante valorizada no cenário internacional.
O projeto arquitetônico do Teatro Amazonas foi assinado em Lisboa, no ano de 1883, e também foi contruído por arquitetos, escultores e pintores europeus.
A imponente cúpula, que pode ser vista no horizonte em alguns pontos de Manaus, é composta de 36 mil ‘escamas’ de cerâmica, vindas diretamente da Alsácia, uma região localizada na França.
Avenida Eduardo Ribeiro
Marcando o período da urbanização e verticalização de Manaus, a Avenida Eduardo Ribeiro foi construída durante o fim do século 19.
A construção era o ‘carro-chefe’ da proposta de aterramento de igarapés em Manaus pelo então governador Eduardo Ribeiro, em 1982.
Em uma ‘Manaus de Antigamente’, a Avenida Eduardo Ribeiro, na verdade, dava lugar ao Igarapé Espírito Santo, que era uma das ramificações do Rio Negro.
Para o projeto, as águas do igarapé foram canalizadas abaixo da via, mudando os hábito culturais de quem usava o espaço para banhos e outras atividades.
Com a implantação da Zona Franca de Manaus, a Avenida Eduardo Ribeiro se tornou o centro comercial da cidade, atraindo grandes varejistas.
Praça da Saudade (Praça 5 de setembro)
Outro fruto do tempo áureo da borracha é a construção da Praça 5 de setembro, que fica localizada no Centro Histórico de Manaus.
Popularmente chamada de ‘Praça da Saudade’, a área de lazer ganhou o apelido por ter sido construída em frente ao antigo cemitério São José, onde hoje fica a sede do Atlético Rio Negro Clube.
‘Manaus de Antigamente’
O projeto ‘Manaus de Antigamente’ é coordenado pela professora de arte, Gisella Vieira Braga, que atua na área da educação há 23 anos.
Desde setembro de 2012 com o projeto, o objetivo de Gisella é trazer um resgate iconográfico da cidade e divulgar a memória histórica de Manaus.
Até o momento, o ‘Manaus de Antigamente’ já tem aproximadamente 4 mil imagens distribuídas nas suas redes sociais.
No Instagram, o projeto já tem mais de 83 mil seguidores, com mais de 3,9 mil publicações contando a história de Manaus.
Segundo a idealizadora do projeto, a maioria do acervo é disponibilizado por seguidores, através de seus arquivos pessoais, além de recortes de jornais, livros e biblioteca virtual.
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